O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Francisco César, defendeu, esta terça-feira, que “nenhum país pode ser governado como se fosse uma empresa porque os cidadãos não são números numa folha de Excel”. Intervindo, no plenário da Assembleia Legislativa Regional, no âmbito da discussão do Programa do Governo, o deputado socialista defendeu que as propostas apresentadas pelo Executivo Regional colocam, efetivamente, as pessoas no centro das preocupações.
Recordando as dificuldades que hoje se colocam ao espaço político europeu, Francisco César alertou que o “desafio da competitividade não pode ser vencido à custa dos valores da solidariedade e da sustentabilidade”.
Neste sentido, o parlamentar enfatizou que o investimento público deve assentar em quatro premissas chaves: a diminuição do custo das importações; a substituição de importações sem protecionismo; o aumento do valor da nossa produção transacionável e o suporte do atual tecido produtivo regional durante o período de ajustamento estrutural.
“O reforço das políticas ativas de criação e proteção de emprego a par da aposta no empreendedorismo e na diversificação de fontes de financiamento alternativo, como o capital de risco e a captação de investimento externo, constituem outra das prioridades do Governo para os próximos quatro anos”, defendeu Francisco César.
Para além da necessidade de reduzir os custos de contexto e de apostar no desenvolvimento das empresas açorianas, o deputado lembrou ainda que o Programa de Governo representa o compromisso eleitoral que os socialistas firmaram com os açorianos nas últimas eleições regionais de modo a que a “crise que chegou mais tarde à Região, seja menos penosa do que no continente, e que também seja, entre nós, ultrapassada mais cedo”.