O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores, José San-Bento, defendeu, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que o Acordo das Lajes deve ser “interpretado como um instrumento de cooperação” que possibilite a aquisição de novas valências, no sentido de reforçar e valorizar o papel da Base das Lajes.
José San-Bento salientou a preocupação do Grupo Parlamentar do PS Açores face à intenção das autoridades norte-americanas de reduzir a presença militar na Base das Lajes. O deputado garantiu, ainda, o empenho da bancada socialista “na defesa dos interesses da Região, na garantia da manutenção dos postos de trabalho na Base das Lajes, no respeito pelos direitos dos trabalhadores e na atenuação do impacto da diminuição do investimento na aquisição de bens e serviços juntos da economia da ilha Terceira”.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS, que falava no âmbito do debate do Programa do XI Governo Regional, elegeu ainda três imperativos estratégicos para a Região em termos geopolítico: manter a estabilidade e aprofundar a coesão regionais no quadro da autonomia constitucional; aproveitar e influenciar o processo de construção europeia no âmbito do estatuto de Região Ultraperiférica da União Europeia; e manter uma relação privilegiada com a potência que domina a área do Atlântico.
José San-Bento considera ainda que o Governo Regional enfrenta a mais difícil envolvente externa da história autonómica, “num mundo em convulsão, com uma Europa em profunda crise de identidade e um país com um governo que falhou e que não consegue enfrentar as dificuldades”.
O reforço do aprofundamento de relações bilaterais, através de uma componente de relacionamento empresarial e de captação de investimento externo; a intervenção regional no domínio europeu, com destaque para o fórum das Região Ultraperiféricas; e o compromisso de aprofundar o relacionamento com as comunidades açorianas na Diáspora constituem, para o Grupo Parlamentar do PS Açores, prioridades para a ação governativa dos próximos quatro anos.