“A Economia do Mar é geradora de emprego com um enorme potencial de crescimento a curto e a médio prazo”. A ideia foi preconizada pelo deputado socialista José Ávila que, interveio, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores.
“Os três milhões de metros quadrados da plataforma continental ao redor do arquipélago dos Açores, para além de representar novas oportunidades, representam também uma responsabilidade acrescida na proteção e no aproveitamento dos recursos animais, minerais ou energéticos”, referiu José Ávila no debate relativo ao Programa do XI Governo Regional.
O documento que foi esta semana discutido no parlamento açoriano elege a ciência, a biotecnologia, a energia, o turismo e os recursos naturais como novas áreas que, no domínio do mar, serão prioridades nos próximos quatro anos.
José Ávila recordou ainda que “a Pesca tem um impacto socioeconómico importante nos Açores, porquanto representa cerca de 20% das exportações e 3,6% do Produto Interno Bruto, absorvendo mais ou menos 5% da população ativa”.
Para o deputado socialista, a inovação tecnológica no aproveitamento dos recursos existentes nos fundos do mar e em volta das fontes hidrotermais como, por exemplo, as jazidas de hidratos de metano, os sulfuretos polimetálicos, muito ricos em cobre, zinco e ferro constituem uma nova oportunidade para gerar progresso na Região. “A Região está, e estará, num futuro próximo, sujeita a grandes pressões no sentido de redução de direitos sobre os seus recursos”. É pois necessário reiterar a “firme recusa em embarcar em ideias centralistas vindas de S.Bento ou de Bruxelas”.