O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, destacou, esta terça-feira, as duas principais diferenças existentes entre as opções políticas do Governo Regional dos Açores e as que são praticadas no resto do país. “Quando no resto do país e um pouco por toda a Europa se cortam apoios sociais, na nossa Região existe a capacidade e a coragem política de garantir a manutenção dos apoios sociais existentes nos Açores. Por outro lado, quando no resto do país o desemprego é encarado como uma inevitabilidade, nos Açores o Plano e Orçamento assume como prioridade a operacionalização da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Económica.
O líder parlamentar socialista, que falava à margem da sessão de trabalho que os deputados do PS/Açores realizaram, esta terça-feira, com os parceiros sociais no âmbito da análise do Plano e Orçamento para 2013 e das Orientações de Médio Prazo para 2012-2016, reagiu ainda ao anúncio de que o PSD irá abster-se na votação do Plano e Orçamento para 2013. “Julgamos que finalmente o PSD reconhece que a governação nos Açores é melhor do que a governação no resto país. Esperamos que essa nova postura do PSD se mantenha porque a história recente revelou, infelizmente, um partido pouco empenhado em colaborar e em participar ativamente no projeto de desenvolvimento dos Açores”. Questionado pelos jornalistas presentes quanto à proposta apresentada pelos social-democratas no âmbito do desemprego, Berto Messias reiterou que o “PS está disponível para avaliar todas as propostas dos partidos da oposição que sejam sérias, exequíveis e que melhorem a vida dos nossos concidadãos. Infelizmente, por vezes há partidos que se distraem na busca de espaço nos telejornais e apresentam propostas que não são sérias ou exequíveis. Pelo que sei a proposta do PSD incide sobre o público-alvo do programa “Recuperar” já apresentado pelo Governo Regional. Admito que seja um desconhecimento involuntário por parte do PSD, mas iremos analisar e quando a proposta chegar ao plenário tomaremos uma posição”.
Sobre a reunião de trabalho com os parceiros sociais, o Presidente do Grupo Parlamentar socialista afirmou que “o tempo de dificuldades e de constrangimentos que vivemos atualmente faz com que tenhamos que nos unir. Muito mais é o que nos une do que nos separa. Independentemente das divergências que possam existir, todos os parceiros sociais e todos os partidos políticos estão naturalmente empenhados em apoiar as famílias e as empresas e em desenvolver a nossa Região. O PS/Açores continuará a desenvolver o diálogo social e a concertação com um pilar fundamental da nossa democracia”.
Apesar das circunstâncias macroeconómicas desfavoráveis, os socialistas açorianos consideram ser fundamental não perder de vista o planeamento estratégico de médio prazo. “É fundamental que todos os responsáveis políticos e parceiros sociais tenham sempre presente qual o objetivo e que índices de desenvolvimento os Açores devem ter daqui a 10 anos. Além das respostas imediatistas à crise, temos que estar concentrados numa perspetiva de médio prazo. Todos são convocados para este debate estratégico”, concluiu Berto Messias.