A deputada socialista Catarina Moniz Furtado considerou, esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, ser inegável que o setor da Educação evoluiu muito na última década. “De acordo com os Censos, no universo de população residente com mais de 15 anos, em 2001 tínhamos 9,2% com o secundário completo e em 2011 passamos a ter 12,3%; em 2001 no mesmo universo tínhamos 5,2% com o ensino superior, em 2011 a % era já de 9,9 - quase o dobro”.
Para a deputada, apesar da evolução registada, “é importante fazer mais para reduzir as assimetrias para vencermos os novos desafios”. Apesar disso, Catarina Moniz Furtado realçou que “o sucesso educativo de uma sociedade, que como a nossa partiu de patamares demasiado baixos, não se faz numa nem em duas gerações, faz-se com planeamento e com visão a longo prazo. E se já fizemos, como indicam os mais recentes relatórios europeus um longo caminho em bastante menos tempo que os demais países, ainda temos que ser capazes de alcançar mais em menos tempo”.
Face ao fenómeno da globalização, a parlamentar socialista defende que “não podemos nem devemos blindar a sociedade estudantil açoriana ao mundo, se pretendemos que cada vez mais cedo as nossas crianças e jovens estejam familiarizados com o que se revela cada vez mais importante a ter em conta: as dinâmicas da globalização, os novos equilíbrios económicos, a sustentabilidade ambiental e os seus desafios, as vantagens e desvantagens do uso da internet, entre outros são alguns dos conteúdos que têm que estar presentes dentro das nossas escolas desde cedo”, afirmou lembrando a publicação da OCDE, intitulada “As tendências moldam a Educação”.
Catarina Moniz Furtado reafirmou que para os governos socialistas a Educação “foi e é uma prioridade nos Açores, ao contrário do que acontece noutras paragens do nosso país, aonde sob a ameaça da troica, impera a instabilidade e a insegurança.” Ao contrário do panorama nacional em que as notícias recentes dão conta da intenção de despedir 10 mil docentes, nos Açores “continuamos convictos de que a Educação nunca é uma despesa mas sim um investimento.”