O Presidente do PS/Açores acusou, este domingo, o Governo da República de ser incapaz de resolver os problemas do País. “Este Governo da República do PSD-CDS/PP não só é incapaz de resolver o que está mal, como destrói o que está bem”. Vasco Cordeiro, que falava na sessão de encerramento do XI Congresso Regional da Juventude Socialista Açores, referiu-se às estimativas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República conhecidas esta semana e que apontam para um défice de 8% no primeiro trimestre deste ano.
“Entretanto, de crescimento económico, nada, a recessão agrava-se. De criação de emprego, nada, o desemprego aumenta, e em especial o desemprego jovem. A escola pública está em perigo, os pensionistas e reformados estão sob ataque. Ou seja, este Governo da República do PSD e do CDS-PP não só é incapaz de resolver o que está mal, como está, ainda por cima, a destruir o que está bem”, afirmou.
Referindo-se ao exemplo nacional, Vasco Cordeiro citou o exemplo do défice. “Em de trabalhar para que o défice cumpra as previsões, o Governo da República do PSD-CDS altera as previsões para ver se acerta no défice”.
O líder dos socialistas açorianos defendeu que vivemos “tempos de desafio”, sendo o principal a criação de emprego. “O desafio principal reside na criação de emprego, de salvaguardar a segurança social, reside no desafio de salvaguardar a escola pública e tantas outras conquistas de que a Esquerda democrática se pode orgulhar”, afirmou.
Para Vasco Cordeiro, reiterou que se espera da “Esquerda democrática, desde logo a nível europeu, é a construção de uma alternativa credível, concreta e eficaz que tenha as pessoas no centro das soluções e que por essa via constitua o caminho para a saída da atual situação”.
Reforçando a ideia de que o momento atual exige “verdade e coerência” no discurso político, o Presidente do PS/Açores lembrou, a propósito, as declarações do líder do maior partido da oposição que, esta semana, apelou ao Governo Regional para não repetir “erros trágicos” do passado nas obras públicas, lançando grandes empreitadas que impediram a participação de empresas regionais, por causa da sua dimensão.
“A mesma pessoa que agora considera esse tipo de obras um erro trágico do Governo Regional foi a mesma pessoa que em 2001 votou a favor desse modelo quando ele foi votado na Assembleia Regional. E mais, não só votou a favor como queria que o modelo fosse utilizado em mais empreitadas de obras públicas por todos os Açores”, afirmou.
Vasco Cordeiro salientou ainda que a crítica do líder do PSD/Açores “não tem qualquer razão de ser” dada a participação de empresas regionais na empreitada e “a importância de que esse investimento se reveste para as pessoas" e para a economia da região.
Outro “exemplo do discurso da meia verdade” de Duarte Freitas e do PSD, segundo Vasco Cordeiro, tem a ver com as acusações de atrasos nos pagamentos da Administração Regional aos fornecedores, esquecendo “um pequenino detalhe”: que o Governo da República do PSD e do CDS-PP deve à Região 100 milhões de euros e “só a conta da saúde são mais de 50 milhões”.
No encerramento do congresso regional da JS/Açores, o líder socialista reiterou ainda o empenho do Governo dos Açores em “melhorar as condições de empregabilidade dos jovens da Região através da promoção da sua qualificação, de estágios ou de programas para promover o primeiro emprego e o empreendedorismo.