A conjuntura difícil em que o País está mergulhado justifica, para o candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses, que seja dada máxima prioridade à componente social e económica, no concelho.
Isso mesmo disse Álamo Meneses na noite desta sexta-feira, em São Sebastião, durante a apresentação pública da sua candidatura, da do candidato à Presidência da Assembleia Municipal, Ricardo Barros, bem como de todos os cabeças de lista candidatos às Juntas de Freguesia do concelho.
Numa sessão que contou, também, com as participações do mandatário da candidatura, Dionísio Sousa, e do Secretário-Coordenador de Ilha do PS, Sérgio Ávila, Álamo Meneses começou por garantir que se candidata a Presidente da Câmara para cumprir integralmente o mandato, ao contrário do que algumas pessoas ligadas a outra candidatura puseram a circular.
Sobre isso, disse, “tenho uma boa e uma má notícia: a boa é que vamos ganhar esta eleição e serei Presidente da Câmara durante os quatro anos do mandato; a má notícia é a mesma, mas para os nossos adversários”.
Sobre as prioridades que anunciou, tendo como preocupação o desemprego e as dificuldades das empresas, o candidato do PS sublinhou que a ação autárquica na Câmara de Angra será pautada, “pela redução de custos de contexto para as empresas, pessoas e instituições”.
Detalhando, Álamo Meneses disse que vai reduzir as taxas, licenças e custos administrativos “ao mínimo que a lei permita”, ao mesmo tempo que quer tornar “expeditos, simples e eficazes os processos de licenciamento municipal”.
Ainda nesta área, acrescentou, é importante “reformular procedimentos e clarificar regras” porque, segundo disse, “a Câmara deve ser um parceiro e não um empecilho na realização de obras e no licenciamento”.
Neste âmbito, o candidato do PS adiantou que serão reduzidas ao mínimo legal as taxas para ocupação da via pública, festas, touradas e outras atividades da comunidade.
Outra iniciativa que tomará, garantiu Álamo Meneses, é “pugnar, junto do Governo e do Parlamento, pela simplificação legislativa e pela desburocratização”.
Um segundo vector da atuação da Câmara prende-se com a “aposta forte” na requalificação urbana, para “potenciar o comércio e devolver a centralidade à cidade”. Neste contexto, afirmou, “os pavimentos, o trânsito, as acessibilidades, o estacionamento, as praças e os espaços verdes – com destaque para o jardim da cidade –, merecerão a máxima atenção e cuidado”.
Álamo Meneses referiu, também o problema das térmitas que considerou ser um problema que “tem que ser encarado de frente” e, por isso, “assumiremos a responsabilidade de conduzir, com o Governo, a luta contra esta praga urbana”.
Estas medidas surgem, segundo sublinhou, porque a cidade “precisa de ser um espaço atrativo para as pessoas, para as empresas e para os negócios” e tem que se afirmar como “o centro da Terceira e um dos polos de referência urbana” nos Açores. “Angra, Património Mundial, merece essa centralidade”, disse.
Outro projeto a implementar passa por “transformar Angra numa moderna cidade inteligente, aberta aos tempos de hoje e atenta às mudanças sociais e tecnológicas”. Para isso, afirmou, a Câmara vai exigir e colaborar no arranque do Parque Tecnológico da Terra Chã, criando nas antigas instalações da Universidade dos Açores “um ninho de empresas e um espaço para incubação de iniciativas tecnológicas e de fomento do empreendedorismo”.
Por outro lado, Álamo Meneses afirmou que Angra “precisa de se ligar ao espaço marítimo que a rodeia” e, para isso, o Porto das Pipas “tem de voltar” a acolher a pequena cabotagem do grupo central e transformar-se num terminal de passageiros capaz de receber o tráfego inter-ilhas, “com destaque para o fluxo de passageiros do grupo central, reduzindo tempo nas viagens e aumentando a centralidade da cidade no arquipélago”.
Sobre a ação da Câmara na cultura e no desporto, Álamo Meneses defendeu que será dada “prioridade absoluta” à criação de oportunidades para os jovens talentos locais e para as agremiações e instituições da nossa terra”, sem que isso signifique fechar-se ao exterior.
Um último aspeto que Álamo Meneses referiu para a ação da Câmara presidida por ele tem a ver com a diversidade que o concelho encerra, em cada uma das suas freguesias, com cada uma a assumir “um caráter próprio” e com problemas diversos a que a edilidade estará atenta.
Na atuação da Câmara nas diversas parcelas do concelho, serão chamadas a ter papel de relevo as suas instituições, nomeadamente as Juntas de Freguesia. Para isso, sublinhou, o Partido Socialista conta com candidatos em todas elas “escolhidos entre os melhores e prezamos muito esta equipa de homens e mulheres que querem o melhor para a sua terra”, sublinhou.
Álamo Meneses terminou a sua intervenção afirmando que o lema escolhido para esta candidatura – “Angra Mais Forte” –, significa “uma vontade inquebrantável de valorizar Angra e a Terceira, como pólo de desenvolvimento e centro de administração, comércio e prestação de serviços, incluindo os de saúde, de educação e ensino superior, a nível de ilha e a nível regional”.