“A criação de um domínio de internet de primeiro nível para a Região Autónoma dos Açores não é desprovida de sentido”, mas “do ponto de vista prático, entendemos não ser prioritária para a Região Autónoma dos Açores, no atual contexto económico”, assegurou Ricardo Ramalho.
O parlamentar socialista falava esta terça-feira na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, no debate gerado por uma proposta do PPM.
Para Ricardo Ramalho, esta “é uma iniciativa com algum sentido do ponto de vista formal”, pois visa “reforçar a nossa identidade como Região no panorama digital global”.
“O Partido Socialista dos Açores está muito ciente das dificuldades que o país atravessa às quais, infelizmente, a nossa Região não é imune, devido aos constrangimentos financeiros”, lembrou.
Ricardo Ramalho destacou que “mesmo que a Região cumpra os requisitos pré-definidos à criação de um domínio de primeiro nível, essa candidatura implica custos substanciais, sem qualquer garantia de vir a ser aprovada”
Segundo revelou Ricardo Ramalho, “para o PS/Açores a prioridade neste momento são os açorianos”, através da “promoção do emprego, do apoio às empresas, para que estas possam gerar riqueza e assim potenciar a economia”. Outra das grandes prioridades socialistas elencada pelo deputado é “o apoio e incentivo ao empreendedorismo”, que “para além de uma força motriz capaz de mover os fatores de competitividade associados à inovação, à tecnologia, à qualidade e ao marketing” se tornou “um instrumento central para a criação de riqueza e para a promoção do desenvolvimento”.
Outro fator a ter em conta, adianta o parlamentar socialista, é que a “criação do domínio proposto não garante que os cidadãos e as empresas açorianas venham a aderir ao mesmo”, uma vez que “quem pretende criar um sítio na internet procura colocá-lo em domínios com maior notoriedade na aldeia digital global”.
“A este propósito podemos facilmente constatar que se no contexto global já se pode considerar que o domínio ‘.PT’ é limitado, parece inevitável que um eventual domínio ‘.AZO’ seja ainda mais restritivo”, concluiu Ricardo Ramalho.