“É a primeira vez que se tem na Região um projeto tão ambicioso como este, de tentativa de erradicação de uma térmita no Bairro de Santa Rita no antigo Bairro Americano”, afirmou Paulo Borges.
O deputado socialista falava esta quarta-feira, no Parlamento Açoriano.
Optando por se centrar em questões mais técnicas, Paulo Borges adiantou “que o projeto de erradicação da térmita subterrânea no Bairro de Santa Rita irá iniciar-se em 2014 e em breve irá haver uma visita da empresa espanhola e do LNEC à Praia da Vitória, para se iniciarem estes trabalhos”.
O deputado socialista, também professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e coordenador do Grupo da Biodiversidade dos Açores, adiantou que “está também a ser discutido um projeto de comunicação de risco muito ambicioso entre a Universidade dos Açores e várias outras entidades” que serão “conhecidas em breve”.
O deputado esclareceu que “desde 2002 foram realizados vários passos muito importantes para a gestão das térmitas nos Açores”, destacando os “esforços concertados entre vários municípios da região e da Universidade dos Açores para desenvolver temáticas de comunicação de risco, com distribuição de armadilhas e educação das populações sobre a melhor forma de gerirem e combaterem as térmitas dentro das suas habitações, contribuindo para controlar a expansão da térmita”, frisou.
Paulo Borges adiantou ainda que “estão neste momento a ser negociados projetos ambiciosos para instalar na Região novas tecnologias para controlo das térmitas”, embora não tenha precisado detalhes, uma vez que estes projetos “estão em fases de negociação e seria inadequado adiantar detalhes neste momento”.
Quanto à questão da térmita da madeira seca, o deputado explicou que “embora seja possível teoricamente fazer abandonar toda a população da Cidade de Angra ou de Ponta Delgada das suas habitações e fumigar as cidades por inteiro, isto afigura-se logística e realisticamente impossível.
Para Paulo Borges, o que é possível “é controlar a praga com medidas de comportamento humano, de forma a que as pessoas saibam gerir a praga na sua habitação e com tecnologias adequadas para a erradicação dentro de cada habitação”, concluiu.
A intervenção do deputado socialista surgiu na sequência de um debate suscitado pelo deputado do PSD, Luís Rendeiro, que afirmava que as verbas alocadas ao combate das térmitas no Orçamento dos Açores para 2014 seriam escassas para combater a praga.
O líder do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Berto Messias, interpelou a Mesa da Assembleia Legislativa Regional para demonstrar “perplexidade que o PSD Açoriano levantar agora uma suposta falta de verbas”, quando “nas propostas de alteração que apresentou ao Plano e Orçamento para 2014, não propôs nenhuma alteração a esta verbas”.