“O concurso do pessoal docente dos Açores surgiu para estabilizar o corpo docente e não para beneficiar açorianos”, considerou Catarina Moniz Furtado.
A deputada socialista falava esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores.
Para Catarina Moniz Furtado, os atuais moldes do concurso de pessoal docente dos Açores visam “dar outra estabilidade e outra ligação afetiva dos docentes com as suas comunidades educativas, num projeto integrado de reestruturação de todo o sistema educativo regional em que o PS se empenhou desde 1996 e que conseguiu até hoje”.
A parlamentar destacou que tem sido a “estabilização do quadro do pessoal docente da Região que tem norteado todo este processo”, que “foi sempre bem-sucedido e sempre elogiado ao longo dos 10 anos que já leva em vigor”.
A deputada socialista considerou que atualmente é criada “uma ligação dos docentes às suas escolas, à realidade, às suas comunidades e às suas ilhas”, tendo deixado de “haver uma dispersão, um desligado de professores colocados em locais como o Corvo, as Lajes do Pico ou Santa Cruz da Graciosa” e que “não lecionando nesses locais, mantinham o seu lugar no quadro até conseguirem o trampolim para outros quadros”, incluindo “docentes naturais dos Açores”.
Por outro lado, a parlamentar lembrou “os açorianos que estando colocados na Região, preferiram fazer as suas vidas, com toda a legitimidade, noutros espaços do país”.
Para Catarina Moniz Furtado, “o Projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo PPM para alterar o regulamento do Concurso do Pessoal Docente visa o objetivo único de eliminar as prioridades regionais naquele concurso”.
“É estranho que o deputado monárquico Paulo Estevão tivesse conseguido no espaço de dois meses, trazer a plenário uma coisa e o seu contrário”, finalizou Catarina Moniz Furtado.