“Há uma diferença substancial entre a história que se pode contar até há dois anos e meio atrás e o processo que decorre com este Governo da República, do PSD e do CDS/PP, no que toca ao processo para construção do novo estabelecimento prisional de Ponta Delgada”, acusou André Bradford.
O deputado socialista falava esta quinta-feira, no Parlamento dos Açores, na cidade da Horta.
André Bradford manifestou o seu “desagrado pela forma como tem sido conduzida por este Governo da República a questão da nova prisão de Ponta Delgada”, considerando que é “o momento de reivindicar junto das autoridades nacionais competentes uma rápida definição sobre o calendário da sua construção, bem como um plano de utilização adequada e plena para o novo estabelecimento prisional de Angra do Heroísmo”.
O deputado socialista verbalizou as preocupações do Grupo Parlamentar do PS “face à carência de meios humanos na cadeia de Ponta Delgada”, facto que considerou ainda mais grave e mais preocupante num “estabelecimento sobrelotadíssimo, com instalações completamente desadequadas e num muito deficitário estado de conservação”.
Assumindo que “o assunto não é de agora e que tem uma tramitação antiga, sob a responsabilidade de Governos da República de vários partidos”, André Bradford destacou que “há uma diferença substancial entre a história que se pode contar até há dois anos e meio atrás e o processo que decorre com este Governo da República; é que antes foram sendo dados passos para se encontrar uma solução concertada, que servisse os interesses da Região”.
“Foi justamente devido a esse trabalho que hoje existe um novo estabelecimento prisional em Angra do Heroísmo e foi também por isso que chegou a haver uma cedência de terreno para que existisse também uma nova prisão em Ponta Delgada”, explicou André Bradford.
Conforme reiterou o parlamentar socialista, “a diferença é que com este Governo da República, pura e simplesmente não há desenvolvimentos do processo e isso é ainda menos aceitável vindo de um governo que tem sido muito rápido, muito lesto e muito decidido a encerrar tribunais, repartições de finanças, a deixar o serviço público de rádio e televisão à sua mercê e a negligenciar os efetivos humanos e os meios técnicos necessários para as forças de segurança na Região”.
“Um Governo da República que é rápido a fechar e muito lento ou quase omisso a criar, é um governo que não respeita a Autonomia”, finalizou André Bradford.