“O Governo dos Açores já tentou, de diversas formas e por inúmeras vezes, garantir que a ampliação da pista do aeroporto da ilha do Faial e a certificação da iluminação da pista do aeroporto da ilha das Flores ficavam acauteladas. É de lamentar a reincidente insensibilidade do Governo da República para com as especificidades açorianas, que põe em causa a qualidade de serviços essenciais aos açorianos”, denunciou Lúcio Rodrigues.
O deputado socialista eleito pelo Faial falava esta quarta-feira, no Parlamento Regional, onde apresentou um voto de protesto ao Governo da República e à ANA Aeroportos.
Lúcio Rodrigues expressou a sua preocupação com o facto do “plano de investimentos da ANA Aeroportos e Navegação Aérea não contemplar antigas reivindicações açorianas, algumas com mais de uma década”.
“O caso da ampliação da pista do aeroporto da Horta, que nem sequer prevê a construção de áreas de segurança denominadas de RESA (runway and safety area) que visam contribuir para a melhoria das condições de operacionalidade daquela infraestrutura aeroportuária, a certificação da iluminação do aeroporto da ilha das Flores e a ausência de informação sobre a construção de uma vedação de segurança no Aeroporto de Santa Maria são casos flagrantes”, apontou o deputado.
Lúcio Rodrigues acusou o Governo da República da responsabilidade da coligação PSD-CDS/PP de “insensibilidade para com as especificidades açorianas”, lamentando que quer a ANA Aeroportos e Navegação Aérea, quer a Ana Aeroportos de Portugal “optem por não investir nos Açores e ignorar as pretensões das populações açorianas”.
O deputado socialista lamentou que a oposição tenha “feito uma tentativa sorrateira de incutir responsabilidades nesta matéria ao Governo dos Açores” e lembrou que “estes investimentos são da responsabilidade do Governo da República”, lamentando que o anterior Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, tenha decidido “não avançar com o processo de ampliação da pista do aeroporto da Horta”.
“Não deve ser o Governo dos Açores a pagar e assumir aquilo que o Governo da República deveria legitimamente fazer”, finalizou Lúcio Rodrigues.