O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores lamentou a impreparação e os erros do CDS-PP e do PSD nas afirmações públicas que fizeram sobre o Plano Operacional dos Açores 2014-2020. Segundo Berto Messias “ficámos surpreendidos por algumas afirmações dos responsáveis destes partidos que demonstram algum desconhecimento e até impreparação sobre esta matéria”.
Falando à margem de uma visita em que acompanhou o candidato do PS Açores ao Parlamento Europeu, Messias reagiu às afirmações desses partidos, referindo que “achámos estranho algumas referências feitas. Por exemplo, o CDS-PP afirma que este Plano Operacional é pouco ambicioso na área da agricultura quando o Plano Operacional se refere ao FEDER e ao Fundo Social Europeu. Não abrange o FEADER, o Fundo que se destina à agricultura, que ainda está em preparação e que tem uma regulamentação à parte deste processo, como todos sabem ou deviam saber. Além disto o CDS-PP ainda propõe o financiamento das deslocações de doentes através destes fundos o que não é permitido pela União Europeia”.
Berto Messias referiu-se ainda ao PSD, afirmando que “também não deixa de ser estranha a abordagem do PSD. Primeiro, faz um conjunto de referências que não são verdade sobre os índices de desenvolvimento e de emprego da Região e esquece completamente os impactos nefastos da crise e da austeridade do Governo do seu Partido a nível nacional e das medidas do Governo dos Açores para amenizar esses impactos. Além disso, a única proposta que faz sobre o Programa Operacional é ilegal e proibida pela União Europeia, ou seja, o PSD defende um papel mais importante das Câmaras do Comércio na execução dos fundos, mas devia saber que uma entidade beneficiária dos fundos não pode ser responsável pela sua avaliação e execução”.
“Estes partidos, com a responsabilidade que têm, perderam mais uma boa oportunidade para dar um contributo sério e relevante sobre esta matéria.
Deviam seguir o exemplo dos parceiros sociais que se mostraram empenhados em construir consensos, propostas e medidas a favor do futuro dos Açores”, defendeu Berto Messias.