“Tendo em conta a insensibilidade deste Governo da República do PSD-CDS/PP para com os Açores, tantas vezes demonstrada, parece-nos que um processo de privatização da TAP liderado e conduzido pelo atual Governo da República pode ser lesivo para os Açorianos”, alertou Berto Messias.
Num debate sobre uma proposta do PCP contra a privatização da TAP, Berto Messias manifestou a convicção do PS de que “a empresa Transportes Aéreos Portugueses (TAP) deve permanecer sob o controlo maioritário do Estado e não ser totalmente privatizada, como o Governo da República da responsabilidade do PSD-CDS/PP quer fazer”.
Berto Messias lamentou a recente aprovação em Conselho de Ministros do caderno de encargos da privatização da TAP e lembrou que “nada obriga este Governo da República a privatizar a empresa; estamos perante uma mera opção política”. O deputado recordou que o “memorando da Troika, não defende a privatização completa da TAP” e que “Portugal já não se encontra sob a alçada de um programa de ajustamento”.
Messias explicou que mesmo que assim fosse, “há pressupostos que se alteraram completamente. O Plano de Ajustamento já terminou e os objetivos de angariação de receita no plano de privatizações da Troika era de 5, 5 Mil Milhões de euros. Até ao momento, e sem a privatização da TAP, o Estado angariou 8 mil milhões de euros, portanto, a privatização da TAP não é necessária para atingir os objetivos financeiros definidos pelo memorando”.
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS lamentou ainda que “o PSD/Açores esteja completamente subjugado aos interesses de Pedro Passos Coelho, defendendo convictamente a opção política de privatizar a TAP” e defendeu que “existem alternativas à privatização total”, exemplificando com o “aumento do capital em bolsa da companhia aérea nacional, já sugerido pelo atual Secretário-Geral do PS, António Costa, uma solução que capitalizaria a empresa e manteria o seu controlo na esfera pública”.
Declarações de Berto Messias