O Grupo Parlamentar do PS lamentou esta terça-feira que os partidos da oposição já tivessem as suas conclusões determinadas, antes mesmo de começar a Comissão de Inquérito ao Grupo SATA, optando pela via do ataque político e não pelo rumo do apuramento da verdade.
A posição foi defendida por Francisco César, que falava em plenário regional, na cidade da Horta.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS frisou que “o PS entrou nesta Comissão de Inquérito de mente totalmente aberta, com vontade de apurar e de investigar a situação a que a companhia tinha chegado e verificar quais os motivos que levaram a empresa a apresentar resultados negativos”, lamentando que “para a nossa oposição já estivesse traçado o objetivo de culpabilizar o Governo dos Açores e depois investigar, se necessário for, todos os restantes responsáveis”.
“A oposição opta por esquecer as greves nas épocas do Santo Cristo e do SATA Rallye Açores, a dívida do Governo da República, a crise nacional e o milhão de euros que o fundo de pensões que a Dra. Berta Cabral criou, a variação do preço do petróleo quase para o dobro, o retorno positivo que as rotas para a Europa trouxeram para a Região, os atrasos da manutenção, os atrasos que a TAP causou ao não devolver um avião, os acidentes com aeronaves. Esquecem até um vulcão islandês que provocou prejuízos à aviação europeia no valor de 185 milhões de euros diários”, sublinho o parlamentar socialista.
Francisco César frisou que “das 104 perguntas colocadas na Comissão de Inquérito, mais de 70 foram colocadas pelo Partido Socialista”, destacando que “em 148 propostas de conclusão e de quesitos, o PSD, CDS-PP e BE apresentaram apenas, cada um, uma proposta de alteração; o PCP foi o único que apresentou cinco propostas de alteração ao relatório . O PS foi o segundo partido que mais propostas de alteração fez ao relatório e, por isso, se houve alguém que fez um esforço de aprimorar o relatório, não foi a oposição, foi o Partido Socialista. Infelizmente, a capacidade de propositura da maior parte da oposição, à exceção do PCP, foi zero. Excetuando o BE, os outros partidos limitaram-se a votar contra tudo”
“Foram inquiridas mais de 23 personalidades, analisados mais de 300 documentos, com mais de 5.000 páginas. A postura do Partido Socialista nesta matéria é de responsabilidade, não ilibando ninguém, não desculpando ninguém, apontando ao Governo Regional aquilo que foi da sua responsabilidade, mas também não escamoteando os factos”, destacou Francisco César.
Intervenção de Francisco César