O Presidente do Governo assegurou hoje, na Horta, que a descontaminação dos solos da ilha Terceira, na sequência da presença norte-americana na Base das Lajes, é a “prioridade das prioridades” do Governo dos Açores na Comissão Bilateral Portugal/EUA, reafirmando que esse passivo ambiental tem que ser limpo.
“Há uma obrigação de resultado e esse resultado é que (o passivo ambiental) tem que ser limpo. Este assunto continua a ser a prioridade das prioridades do Governo dos Açores na Comissão Bilateral”, afirmou Vasco Cordeiro, numa intervenção na Assembleia Legislativa.
Vasco Cordeiro salientou que “a posição que o Governo dos Açores tem transmitido nas reuniões da Comissão Bilateral é que é uma responsabilidade, em primeiro lugar, dos Estados Unidos de limpar o passivo ambiental que resulta da presença militar na ilha Terceira".
Na sua intervenção, o Presidente do Governo referiu que os trabalhos de descontaminação têm sido monitorizados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, cujos relatórios são do conhecimento da Assembleia Legislativa, mas acrescentou que “a evolução não é satisfatória, é preciso fazer mais e melhor”.
“Não é responsabilidade do Governo Regional, nem dos Açorianos limpar o passivo ambiental deixado pelas forças militares norte-americanas”, frisou Vasco Cordeiro, reafirmando que “o Governo da República fará como entender” no âmbito das relações entre os dois países, mas, para o Executivo açoriano, esta responsabilidade deve ser assumida pelas autoridades norte-americanas.
Questionado sobre as recentes declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Presidente do Governo considerou que “há uma grande diferença entre um Governo da República do PS e um Governo da República do PSD”.
“Quando um membro de um Governo da República do PS é alertado, também pelo Governo Regional dos Açores, de que não agiu corretamente, faz aquilo que fez o Ministro dos Negócios Estrangeiros, no dia a seguir corrige aquilo que disse. O problema do Governo da República do PSD é que não corrige aquilo que diz e insiste numa visão deturpada das Autonomias Regionais”, frisou Vasco Cordeiro. [GaCS]