“Muito em breve o Partido Socialista trará a esta casa um diploma, que visa uma aposta consistente, promovendo as esterilizações, em cães e gatos, e a colocação de chips”, anunciou Renata Correia Botelho. A deputada socialista intervinha, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores onde se discutiu a antecipação do prazo para o fim dos abates de animais errantes na Região Autónoma dos Açores.
Renata Correia Botelho garantiu que para o Partido Socialista o fim do “abate não é uma utopia”, mas assume que esta meta exige um percurso prévio. “O nosso caminho é o do fim do abate, garantidamente, mas agindo na sua base. Na base do problema com eficácia e consequência, lendo as contingências da realidade e do mundo que nos rodeia. Seja ao nível do bem-estar dos animais de companhia, seja ao nível do bem-estar dos outros animais, seja ao nível da saúde pública”, explicou Renata Correia Botelho.
“É evidente para todos que o abate, por si só, não funciona como política de controle de animais”, acrescentou a deputada, assumindo que este é um “problema de indiscutível relevância e interesse público”.
No mesmo sentido, Mónica Rocha, deputada do PS, chamou a atenção para as possíveis consequências de uma decisão que impedisse os abates já em 2018. “Importa aferir se na redução deste prazo, nós não teremos a potenciação de mais maus tratos na sobrepopulação destes animais”, disse, lembrando ao mesmo tempo que já existe, por parte de diversos municípios, bons projetos e campanhas em curso com resultados positivos. “Não há má intenção de não reduzir o prazo, tem de haver é consciência se isso vai ou não potenciar outros problemas”, sublinhou a deputada.