Os vereadores eleitos pelo PS à Câmara Municipal de Ponta Delgada apresentaram, esta quinta-feira, três propostas na reunião do executivo camarário que visam melhorar a qualidade ambiental e a gestão de recursos públicos no maior concelho dos Açores. “Ponta Delgada é o maior concelho dos Açores e aquele que maior quantidade de resíduos produz. Tem, por isso, uma responsabilidade acrescida que não se coaduna com a falta de ambição e de liderança demonstrada pela Câmara Municipal”, afirmou Vítor Fraga. Os vereadores socialistas propuseram, por isso, que, em todos os grandes eventos promovidos e/ou apoiados pela autarquia, designadamente, as Grandes Festas do Espírito Santo e a PDL White Ocean seja vedado a utilização de copos, pratos, talheres, bem como outros utensílios, de plástico com utilização única ou descartável. Esta restrição também se torna aplicável a todo e qualquer elemento decorativo, que deve ser substituído por produtos reutilizáveis ou recicláveis, dando prioridade a materiais endógenos. Para Vítor Fraga, “esta solução permite que a autarquia promova, simultaneamente, o combate ao desperdício, a melhoria da qualidade ambiental e, ainda, o fomento da própria economia local, através do recurso a materiais endógenos, e, por isso, o PS só se pode congratular pela nossa proposta ter sido aprovada por unanimidade”. Os vereadores do PS apresentaram, também, uma proposta que visa promover “mais e melhor acesso à Cultura”.  “A nossa proposta visa algo muito simples e que só a falta de vontade ou de iniciativa política impede que seja concretizado. É uma proposta que não custa dinheiro, permitindo, pelo contrário, uma otimização dos recursos existentes, com benefícios para todos”, explicou Vítor Fraga que se manifestou satisfeito por esta proposta também ter sido aprovada por unanimidade.  Os vereadores socialistas defenderam que a Câmara Municipal de Ponta Delgada, no âmbito da Associação de Municípios da Ilha de S. Miguel, proponha a elaboração de uma Agenda Cultural de S. Miguel, que “agregue e coordene toda a oferta cultural da ilha, de modo a evitar, sempre que possível, sobreposições e contribuir para uma oferta articulada e equilibrada ao longo de todo o ano”. A vereação socialista quer, igualmente, que a autarquia promova “uma verdadeira descentralização das atividades culturais no concelho, de modo a que as 24 freguesias sejam integradas, por exemplo, também nas atividades desenvolvidas no âmbito das “Noites de Verão”.   Por último, na reunião do executivo camarário que se realizou esta quinta-feira, os vereadores socialistas propuseram, também, que o Mordomo das Grandes Festas do Espírito Santo de Ponta Delgada seja o Mordomo mais jovem do concelho, em vez de ser, como é atualmente, o Presidente da Câmara Municipal.  “Esta proposta visa despolitizar as festas em honra do Divino Espírito Santo, conferindo, assim, um caráter mais genuíno e tradicional que reforça o envolvimento da população, deixando, assim, de ser possível que o Presidente da Câmara se aproprie da figura do Mordomo das Festas para efeitos de aproveitamento e promoção pessoal e política. “São três propostas simples, que não acarretam despesas para a autarquia, e que estamos convencidos contribuem para a melhoria da qualidade de vida no concelho, para a otimização dos recursos públicos e para a normalização do exercício e desempenho de funções públicas, o qual deve ser, em nosso atender, pautado pela salvaguarda do interesse público, afirmou Vítor Fraga que se manifestou “muito satisfeito pela aprovação das primeiras duas propostas por unanimidade. “Ficamos muito satisfeito por duas das nossas propostas terem sido aprovadas por unanimidade. Eram propostas que constavam do nosso programa eleitoral e que são positivas para todos. É uma pena que, mais uma vez, a autarquia não aprove a proposta relativa ao mordomo das Grandes Festas do Divino Espírito Santo, o que só demonstra que o Presidente da autarquia não está disponível para deixar de ser Mordomo nem disponível para que os verdadeiros mordomos existentes por todas as nossas freguesias possam assumir essa responsabilidade. Mas, estamos convencidos que, tal como sucedeu com as nossas anteriores propostas, é apenas uma questão de tempo para que também esta venha a ser aprovada, para bem de Ponta Delgada e dos seus cidadãos”, concluiu.