Governo dos Açores pronto para apoiar os produtores de milho forrageiro no Pico se continuar sem chover

PS Açores - 27 de julho, 2020
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, no Pico, que, caso se mantenham as atuais condições atmosféricas nas próximas semanas, o Governo dos Açores poderá acionar mecanismos de apoio aos produtores, dado o impacto que a falta de chuva está a ter ao nível da cultura de milho forrageiro. “Por aquilo que foi possível constatar esta manhã na visita às várias parcelas de produção de milho forrageiro, existem produções que já estão condenadas e outras que, se chover nas próximas semanas, ainda será possível recuperar”, referiu João Ponte, acrescentando que a situação vai continuar a ser devidamente monitorizada pelo Governo dos Açores e pela Associação Agrícola da Ilha do Pico. O governante falava aos jornalistas no final de uma reunião com a direção da associação, que serviu para analisar o impacto da seca na produção de milho, mas também as dificuldades ao nível do abastecimento de água à lavoura. Relativamente ao abastecimento de água, João Ponte destacou o trabalho de articulação que tem existido entre a tutela, a Associação de Agricultores, os municípios, bem como a IROA, no sentido de encontrar as melhores soluções dentro dos recursos atualmente disponíveis para se poder dar resposta às necessidades sentidas pelo setor agrícola. “O cenário, que já é preocupante, pode agravar-se caso se mantenham as atuais condições atmosféricas nas próximas semanas, com tempo muito quente, seco e sem chuva para reabastecer as nascentes que servem os reservatórios”, salientou João Ponte, revelando que, neste momento, o abastecimento de água à agricultura no Pico está a ser feito, essencialmente, através de reservatórios ligados a furos de captação e lagoas. O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou que este cenário veio revelar que o investimento que o Governo dos Açores tem feito ao nível do abastecimento de água é fundamental, essencialmente em ilhas onde o acesso à água é mais difícil, como é o caso do Pico, da Graciosa e de Santa Maria. GaCS/RM