A deputada Socialista eleita pelo círculo dos Açores à Assembleia da República apelou a uma aceleração no processo de vacinação nos Açores, por forma a possibilitar “uma mais célere recuperação da economia”.
Lara Martinho, que frisava durante a audição ao Coordenador da Task-Force da Vacinação contra a Covid-19, os importantes passos que estão a ser dados no sentido de se ultrapassar a pandemia, e que permitiram que atualmente estejam já administradas mais de quatro milhões de vacinas, defendeu, na ocasião, a importância de que nenhuma região fique para trás neste processo.
“Nenhuma ilha, nenhum açoriano, nenhum madeirense, poderá ser deixado para trás, e sabemos que, sendo nove ilhas no caso dos Açores e duas ilhas no caso da Madeira, há um conjunto de desafios adicionais, que têm de ser ultrapassados no sentido de garantir que todos os açorianos e madeirenses que queiram e possam são vacinados”, defendeu a parlamentar socialista.
Destacando a importância no reforço de vacinas para as regiões autónomas, o que, no caso dos Açores, já levou, inclusive, a vários pedidos internacionais, Lara Martinho questionou o Vice-Almirante Gouveia e Melo quanto ao processo de vacinação nas Regiões.
“Qual o número de vacinas previsto chegar às Regiões Autónomas neste trimestre e no próximo? Têm existido problemas logísticos na colocação de vacinas nas Regiões Autónomas? Como podemos contribuir para acelerar o processo de vacinação, em particular nos Açores, cuja percentagem é de apenas 24,4% enquanto, por exemplo, na Madeira é de 28%?”, foram algumas das questões suscitadas pela vice-presidente do GPPS.
Em resposta a Lara Martinho, o Vice-Almirante Gouveia e Melo destacou que apesar de os Açores terem uma população ligeiramente menor que a da Madeira, se encontram a receber o mesmo número de vacinas, considerando que a diferença percentual “não é de vacinas disponibilizadas, mas de vacinas administradas”, sendo essa uma responsabilidade das entidades regionais. Quanto ao número de vacinas a disponibilizar, quer neste como no próximo trimestre, o Coordenador da Task-Force confirmou serem distribuídas na proporção da população, estando a seguir esse critério de forma muito rigorosa.
Perante a informação de que os Açores estão a receber o mesmo número de vacinas que a Madeira, mas que apesar da população açoriana ser ligeiramente menor do que a madeirense, a taxa de vacinação é inferior em 3,6%, Lara Martinho considera que aparentemente não há razões para este diferencial e apelou para que o Governo Regional reforce o processo de vacinação nos Açores aproveitando ao máximo todas as vacinas que chegam à região. “O ritmo de vacinação no continente tem aumentado e é fundamental que o ritmo de vacinação nos Açores também aumente, não se percebe este diferencial.”
Durante a audição regimental, o Vice-Almirante Gouveia e Melo reforçou ainda a importância da vacinação por parte da população, referindo que o perigo está em não ser vacinado. Para o Coordenador da Task-Force, “o risco, quer na Astrazeneca quer na Janssen, de ter um efeito secundário, é muito mais reduzido do que remédios que nós tomamos todos os dias”.