Vílson Ponte Gomes denunciou esta sexta-feira provas de que o Sr. Secretário Regional das Finanças e Planeamento e Administração Pública, Bastos e Silva, mentiu, mais uma vez, ao Parlamento e aos Açorianos.
O deputado do PS/Açores falava na cidade da Horta, à margem do Plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
“O Sr. Secretário Regional Bastos e Silva, no âmbito de um debate em plenário esta semana que visava justamente recomendar ao Governo que avaliasse a situação dos trabalhadores independentes na área do turismo e noutras, face à impossibilidade de trabalharem em contexto de COVID-19, referiu não ter recebido qualquer parecer por parte da Associação de Guias de Informação Turística dos Açores (AGITA), relativamente ao projeto resolução já aprovado em janeiro a este setor. Ora, de acordo com informação hoje distribuída pelos serviços do Parlamento Açoriano, isto não corresponde à verdade”, denunciou Vílson Ponte Gomes.
“Nesta informação, existe, sim, um parecer da AGITA que o Sr. Secretário Regional disse, em plenário, não existir. Existe, é claro, está escrito e prova que Bastos e Silva mentiu mais uma vez ao Parlamento e aos Açorianos”, destacou o deputado socialista.
A informação hoje divulgada aos deputados revela, inclusive, que Bastos e Silva, para além de ter recebido, a 19 de abril, o parecer da AGITA que negou ter recebido em plenário, foi ainda contactado, por email, por 10 guias turísticos, trabalhadores independentes, não associados.
Vílson Ponte Gomes lamentou que “quem sofra com todo este episódio sejam os próprios trabalhadores independentes”, lembrando que a Assembleia Regional já tinha aprovado “iniciativa de teor semelhante para os apoiar em janeiro e que, até ao momento, estes não tenham recebido os apoios a que têm direito”.
“Pior, o Sr. Secretário Regional Bastos e Silva culpou a AGITA por falta de um parecer que, comprovadamente, chegou às suas mãos a 19 de abril passado”, sublinhou o deputado socialista.
“É lamentável que o Sr. Secretário Regional tenha procurado, mais uma vez e deliberadamente, ludibriar o Parlamento e os Açorianos quanto à sua atuação enquanto governante. Isto é algo que o Grupo Parlamentar do PS não pode compactuar nem deixar passar em claro”, destacou Vílson Ponte Gomes.
“Está aqui em causa uma matéria muito séria, que é a vida dos profissionais de informação turística, de pessoas e de empresas, que estão a lidar com os problemas decorrentes da pandemia. Para o PS a abordagem tem que ser urgente, porque quatro meses para agir é muito, muito tempo”, finalizou Vílson Ponte Gomes.