A deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, Lara Martinho, foi eleita, no decurso da 67.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, relatora do Relatório Especial sobre a participação da NATO no Afeganistão.
A Socialista, que já era membro efetivo da delegação da Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (AP-NATO), e da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e Comissão de Defesa Nacional, no Parlamento nacional, recentemente eleita para o Conselho Superior de Defesa Nacional, assume agora o cargo de relatora especial da Comissão de Defesa e Segurança da AP NATO (DSC).
Já este mês, e intervindo na reunião dos parlamentos do Sul (Grupo MED), no âmbito da Conferência Interparlamentar sobre a PESC/PCSD Política Externa e de Segurança Comum e da Política Comum de Segurança e Defesa, organizada pelo Parlamento Helénico, Lara Martinho havia considerado que “só com uma resposta à situação crítica que se vive no Afeganistão se pode tentar prevenir uma crise humanitária, uma crise migratória e uma crise de segurança como aconteceu em 2015”.
Para a parlamentar, esta eleição como relatora do Relatório Especial sobre a participação da NATO no Afeganistão, constitui um “grande desafio que muito me honra”.
Ainda durante a sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que termina esta segunda-feira, foi aprovado o relatório da deputada Lara Martinho quanto às implicações de defesa da China, numa recomendação aos Aliados para que aproveitem a oportunidade apresentada pela revisão do conceito estratégico de defesa “para posicionar a Aliança como uma âncora da estabilidade regional e, por extensão, global e defensora dos valores e ideais consagrados pelo Tratado de Washington”.
“Visto que a NATO se posiciona oficialmente num mundo com uma China globalmente forte, é importante deixar claro o que a Aliança defende”, assegurou a parlamentar no Subcomité do DSC sobre o Futuro das Capacidades de Segurança e Defesa.
Este relatório que observa ainda que Pequim está a investir em forças armadas modernas, capazes de defender os crescentes interesses globais da China, sublinha ainda que o país não representa uma ameaça imediata para os Aliados da NATO, mas que se está a tornar cada vez mais "um desafio no horizonte". E conclui que “no equilíbrio entre os desafios e as oportunidades que os Aliados da NATO têm pela frente ao lidarem com a China nos próximos anos, é importante um esforço concertado para encontrar as formas e os meios de alcançar um nível de cooperação mais estreito e mutuamente benéfico com a China. A dimensão e o alcance da segurança global que todas as nações enfrentam no século XXI exigem-no”.