Vasco Cordeiro defendeu, na sessão de abertura da “Semana Europeia das Regiões e Cidades” onde participa como primeiro vice-presidente do Comité das Regiões Europeu e membro da delegação na Conferência sobre o Futuro da Europa, que “as Instituições Europeias têm que estar preparadas” para acolher e concretizar as propostas que os Jovens e os Cidadãos têm para dar sobre o projeto europeu.
A “Semana Europeia das Regiões e Cidades”, que decorre durante quatro dias, é considerado o maior evento anual dedicado à Política de Coesão em Bruxelas, envolvendo a participação de quase 10 mil participantes, de entre políticos, académicos, especialistas, jornalistas e cidadãos. Este ano, os temas em destaque no encontro são: Transição Verde, Coesão, Transição Digital e Envolvimento dos Cidadãos.
Questionado sobre o envolvimento dos Cidadão e dos Jovens, Vasco Cordeiro realçou que a Conferência sobre o Futuro da Europa é um momento importante para a relação de “confiança” que se deve estabelecer com a população.
“Estamos a perguntar às pessoas e à juventude quais são as principais políticas que os preocupam, que lhes dizem respeito e que acham que a União Europeia lhes devia destinar no futuro. Estamos a pedir para serem parte deste processo”, referiu o Presidente do PS/Açores.
No entanto, como realçou na sua intervenção, “este é um exercício muito importante, para as pessoas saberem que é preciso fazer opções e que não há só um lado bom. Fazer parte da União Europeia, é fazer parte deste projeto como um todo, não apenas da parte boa, da parte divertida. É um compromisso com esta ideia de solidariedade, de construir algo que envolve todos europeus”.
Vasco Cordeiro considera que esta iniciativa, este empreendimento, da Conferência sobre o Futuro da Europa acarreta alguns riscos na relação de “confiança” que se deve estabelecer entre os cidadãos e as instituições europeias: “Não podemos pedir às pessoas e aos jovens para virem dizer o que querem para o futuro e depois, quando a Conferência acaba, agradecer pela participação e fica tudo como está”.
Não, sublinha, “porque isso seria prejudicial não apenas para a confiança que estamos a pedir, mas também para as Instituições Europeias”. Vasco Cordeiro defende, por isso, que “será preciso prestar contas” e saber “o que estão as instituições europeias preparadas para fazer com os resultados desta auscultação?”.
O Presidente do PS/Açores alerta, ainda, para o importante momento que se vive: “Estamos num momento de redefinição da Europa e da União Europeia, pelo que estas matérias têm que ser abordadas como um processo complexo que exige de todos - não apenas dos cidadãos, mas também dos seus representantes a nível local, regional, nacional e europeu e das instituições europeias – um grau elevado de consciência do que está em jogo nesse processo”.