Na sequência do debate em plenário sobre a proposta do Governo Regional para extinguir a empresa Azorina, o GPPS/Açores votou contra por considerar que não existem critérios racionais e financeiros que sustentem a decisão. Ficou também demonstrado, realçou o deputado Carlos Silva, que este executivo, “não tem qualquer estratégia, não tem qualquer resposta para os problemas que a Região enfrenta. Este é mais um caso simples, mas que denota a falta de rumo e a incapacidade deste Governo para resolver os problemas que ele próprio cria”.
Por um lado, referiu o parlamentar, “a Azorina desempenha importantes funções na gestão integrada dos parques naturais e zonas protegidas, algo que agora passará a ser dividido em cinco departamentos diferentes do Governo Regional, com a respetiva criação de mais cargos de nomeação e coordenação”. Esta gestão, esclarece, contraria a ideia de poupança que o Governo tentou fazer passar.
Para Carlos Silva, também merece discordância “o facto do Governo Regional na proposta de extinção apresentada, vir a tratar de forma desigual e injusta alguns trabalhadores, que perderão direitos adquiridos e, outros, que ficam totalmente desprotegidos”.
Igualmente relevante, adianta, é que “ficou demonstrado que o Governo Regional não respondeu e não sabe como vai assegurar a cobrança de receitas de entradas nos parques naturais depois da extinção da Azorina quando, por exemplo, em 2019 as receitas próprias atingiram os 1,9 milhões de euros”.
No fundo, refere “a extinção da Azorina resulta apenas de um complexo ideológico, apenas por ter sido criada pelo Partido Socialista, sem que tenha ficado demonstrado qualquer vantagem da sua extinção, muito pelo contrário. A extinção da empresa vai gerar desigualdade entre trabalhadores e põe em causa a cobrança de receitas”.