Os Vereadores do Partido Socialista do Faial manifestaram o seu descontentamento pela atitude pouco racional com que a Presidente da Assembleia Municipal da Horta, em conjunto com os parceiros da coligação, recusou uma proposta dos socialistas, para que fosse adiada, ou realizada em formato online, a reunião deste órgão do poder local, “atendendo ao exponencial aumento do número de casos de Covid-19 na ilha”.
Para estes vereadores, a proposta que foi apresentada no âmbito da reunião preparatória da Assembleia Municipal, que se irá realizar esta quinta-feira, 30 de dezembro, foi rejeitada devido “à falta de bom-senso e atitude intransigente” da sua Presidente.
“Nunca, como agora, foi tão importante precavermos a saúde pública dos nossos concidadãos. O Faial conta, atualmente, com perto de uma centena de casos positivos de Covid-19 e, no nosso entender, não estão reunidas as condições para que se possa realizar a reunião nos moldes que vinham sendo habituais”, manifestaram os socialistas, para salientarem que a proposta apresentada “visava, sobretudo, garantir a presença efetiva de todos os membros na Assembleia Municipal, mas também precaver possíveis ajuntamentos”.
Para a reunião desta quinta-feira, na qual será discutido o Plano e Orçamento para 2022 da Câmara Municipal da Horta, os socialistas propuseram ainda que, a realizar-se num formato online, pudessem ser reduzidos alguns dos pontos da ordem de trabalhos, permanecendo, apenas, “questões legais, como o caso dos impostos municipais que necessitam ser aprovados durante o ano civil de 2021”.
Manifestando assim a sua discordância com a rejeição da proposta apresentada, criticaram ainda o facto de a Presidente da Assembleia Municipal pretender que a mesma se realize “com metade das presenças por forma online e a outra metade presencial”, bem como manter todos os pontos inicialmente previstos na agenda, o que, na opinião dos socialistas, “fará com que a discussão de documentos estruturantes como é o caso do Plano e Orçamento da autarquia seja pouco debatido”.
Acresce ainda que, no atual contexto pandémico que a Região, mas no caso específico a ilha do Faial, enfrenta, não são aconselhados ajuntamentos o que a julgar pela área profissional da Presidente da Assembleia Municipal – Presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde da ilha do Faial – “deveria ser um incentivo para que a própria pudesse dar o exemplo”.
Neste sentido, e a realizar-se a reunião, mesmo que respeitando os três quartos da lotação permitida, os socialistas condenam ainda o facto de “não ter sido exigido teste de despiste ao SARS-CoV-2, tal como verificamos, por exemplo, com a realização da Assembleia Municipal de Ponta Delgada”.
Os vereadores do PS na Câmara Municipal da Horta propuseram ainda que fosse feita uma atualização do Plano de Contingência do Município, com especial destaque para a importância do trabalho com equipas em espelho e para a preocupação com os resíduos urbanos recolhidos dos agregados familiares contaminados. No final da reunião, os vereadores socialistas propuseram, igualmente, que houvesse um aumento da testagem, tal como está a acontecer em São Miguel e na Terceira com o aumento do número de centros de testagem.