O cabeça de lista do PS/Açores à Assembleia da República, Francisco César, participou esta quinta-feira numa iniciativa online, através do seu Instagram, com a Juventude Socialista dos Açores. Respondendo às questões colocadas por jovens de todas as ilhas, acerca das expetativas para 2022, o dirigente socialista abordou temas como o emprego, educação e habitação.
Assinalando, desde logo, o trabalho já desenvolvido em matéria de educação, nomeadamente ao nível de quem frequenta o Ensino Superior, Francisco César deu como exemplo o decréscimo do valor da propina ao longo dos últimos anos, estando agora fixada nos 697 euros, para assinalar ser uma medida “cujo peso do custo do ensino seja menor nas vidas daqueles que estão a estudar”.
Salientando um conjunto de matérias nas quais os deputados eleitos pelo PS/Açores à Assembleia da República podem vir a dar o seu contributo, o socialista destacou matérias relacionadas com o mercado de trabalho e a habitação, para sublinhar serem áreas que permitem uma autonomização dos jovens. De acordo com o candidato socialista “Portugal, a par da Itália, é dos países da União Europeia em que os jovens saem mais tarde de casa, e isto tem a ver com o facto de não se conseguirem autonomizar mais cedo”.
Já em matéria de educação, Francisco César registou uma das principais preocupações dos candidatos do Partido Socialista, referindo existir “um problema ao nível dos rendimentos, com uma economia assente nos baixos salários”.
“Aquilo que deve ser o fator que termina com a pobreza tem a ver com o trabalho”, considerou, para salientar a preocupação dos governos do Partido Socialista com o aumento do salário mínimo que, ao longo dos últimos anos, permitiu um aumento de perto de 200 euros.
Mas, para Francisco César há ainda que lidar com a questão da classe média e dos jovens qualificados, frisando ser necessário “garantir uma mudança estrutural da nossa economia, para que não seja assente em baixos salários”.
Referindo que nesta matéria o Estado tem de ter intervenção, o socialista assinalou algumas medidas que já foram lançadas, do ponto de vista fiscal, dando como exemplo o IRS jovem, para que “quem entra no mercado de trabalho possa ter, por exemplo, nos dois primeiros anos, 30% de isenção em sede de IRS”, mas também a intenção de se passar para os cinco anos, como era proposto no Orçamento do Estado para 2022, que acabou chumbado.
Na ocasião, o socialista indicou ainda, como outra medida, a intenção de se proceder ao desdobramento dos escalões de IRS, bem como premiar as empresas que pagam acima da média.
Já em matéria de habitação, Francisco César assinalou ser pouca a oferta que existe no mercado da habitação, para salientar que com o Plano de Recuperação e Resiliência uma das grandes apostas do anterior Governo do Partido Socialista passa pela criação de oferta pública. O socialista defendeu ainda a necessidade de se “tornar o mercado de arrendamento apelativo”, bem como aumentar “os mecanismos de oferta pública, de possibilidade de outras formas de empresas entrarem no mercado, e, depois, ao nível da banca”.
Poderá aceder a esta iniciativa, através do link
https://www.instagram.com/p/CYHx2Ckrt7O/