“Há algo que é central naquilo que é o programa do Partido Socialista e tem a ver com os rendimentos, especialmente os dos mais jovens”, afirmou, este sábado, o cabeça de lista do PS/Açores à Assembleia da República, para assegurar ter de ser dada uma resposta à geração mais qualificada de sempre, “ao nível dos rendimentos, da diminuição da precariedade e também na habitação”.
Para Francisco César, que intervinha na iniciativa da Juventude Socialista – “Escolhemos Avançar pelos Açores”, as propostas do Partido Socialista neste âmbito “são claras”, destacando, em primeiro lugar a atenção que deve ser conferida ao rendimento dos mais jovens, matéria na qual o PS apresentou uma proposta ao nível do IRS, “no sentido de dar deduções fiscais que permitam que estes jovens possam ganhar cerca de dois salários pelas deduções de IRS que vão ter ao fim de cinco anos”.
Mas, para o dirigente socialista, importa ainda conferir especial atenção à precariedade, sendo prioridade do Partido Socialista a criação de uma Agenda Digna, “para que aqueles que trabalham possam ter a possibilidade de rapidamente passar de um contrato precário para um contrato com estabilidade”, matéria que de acordo com Francisco César está já a ser negociada com os parceiros sociais, “de forma que estes jovens tenham, não só uma situação mais estável, como um rendimento mais digno”.
Durante a ocasião, o candidato do PS/Açores referiu ainda a importância de se conseguir compatibilizar a vida profissional com a vida familiar, por forma a que os jovens se autonomizem e constituam família, sendo a Câmara Municipal de Lagoa uma entidade exemplificativa da adoção deste tipo medidas, ao permitir, por exemplo, essa compatibilização, com a escolha “do seu horário de trabalho de acordo com aquelas que são as suas necessidades familiares”.
Por fim, e referindo-se à questão da habitação, Francisco César mencionou a adoção de medidas que permitam aos jovens em início de vida aceder a um arrendamento em condições acessíveis, referindo, por isso, haver “vários programas que nos propomos implementar”, defendendo também a oferta de habitação pública, “não só para aqueles que estão numa situação mais carenciada, mas também para aqueles que tem um rendimento, trabalham e necessitam ter acesso a uma habitação digna”.
“A prioridade do Partido Socialista tem a ver com uma palavra: rendimento”, assegurou Francisco César para destacar que, a par do “aumento do salário mínimo em 740 euros”, cujo montante se prevê aumentar, “até ao fim da legislatura, para os 945 euros”, importa ainda apoiar a classe média, “cujos rendimentos tem de aumentar na mesma proporção”.