Sérgio Ávila realçou, esta quarta-feira, na cidade da Horta, que “no final de 2020 os Açores tinham a mais baixa taxa de desemprego do país” e, apenas um ano depois, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), “os Açores têm a mais alta taxa de desemprego do país”.
O deputado socialista falava no Parlamento Açoriano, no debate de uma proposta do PSD para prolongar os Programas Estagiar, em vez de promover a contratação e a estabilidade laboral. Isto, no dia em que o INE deu nota da subida do desemprego na Região, que se encontra agora acima da média nacional.
“Temos hoje uma taxa de desemprego que aumentou 50% em relação a um ano atrás, passando de 5,5% para 8,2%, o que faz com que existam hoje mais 3.200 açorianos desempregados e menos 3.300 açorianos empregados do que havia há um ano atrás”, frisou.
Sérgio Ávila rejeitou o descrédito que o Secretário Regional com a tutela do Emprego deu aos números do INE, realçando que “no passado e até há um ano atrás, o que contava para o PSD e para os outros partidos, era a taxa de desemprego do Instituto Nacional de Estatística”, lamentando que “agora que os números não lhes servem, se refugiem no número de desempregados inscritos nas agências de emprego”.
Sérgio Ávila demonstrou que as alterações metodológicas introduzidas pelo INE em 2020 “não influem nos resultados”, o que se torna visível por “no final de 2020 termos tido uns Açores com a mais baixa taxa de desemprego do país e hoje, passado um ano, termos a taxa de desemprego mais alta do país, exatamente com a mesma metodologia do Instituto Nacional de Estatística”. O parlamentar socialista recordou que “com os Governos Regionais da responsabilidade do Partido Socialista, tínhamos vindo a trilhar um caminho de diminuição do desemprego de ano para ano e agora, o que verificamos, é uma inversão de tendência, com o desemprego a aumentar”.
“Isto entristece-nos, mas, como o PS sempre disse, enquanto houver um desempregado, há um desafio a vencer, porque os desempregados não são números, não são estatísticas, são pessoas”, finalizou o deputado do PS, Sérgio Ávila.