Vasco Cordeiro, na qualidade de 1º Vice-Presidente do Comité das Regiões da União Europeia alertou, esta quinta-feira, para os desafios que o conflito na Ucrânia coloca ao nível da coesão e recuperação, para manifestar que face ao atual momento, os sacrifícios exigidos serão “de todas as regiões e de todas as cidades da Europa”.
A participar na 9ª Cimeira Europeia das Regiões e dos Municípios, que decorre até 6ª feira, em Marselha, Vasco Cordeiro, que intervinha na sessão plenária sobre ‘Coesão e Recuperação’, destacou a importância dos fundos europeus no processo de convergência que as regiões têm feito e continuarão a fazer, para assegurar ser necessário começar a pensar no que esta guerra vai exigir ao nível da coesão das cidades e das regiões da Ucrânia, mas também dos países membros, “em termos de disponibilidade de recursos e de meios”.
Salientando a importância de se responder ao processo de adesão à União Europeia, Vasco Cordeiro relevou, na ocasião, que a atual situação vivida na Ucrânia demonstra “que a coesão não pode ser apenas uma política”, e que a realidade veio demonstrar que “as tentativas feitas ao longo do tempo, para reduzir a coesão a algo que era já um aspeto ultrapassado na construção europeia, não é bem assim”.
“Nós continuamos a ter a necessidade, não só de ter uma política de coesão forte e dotada dos meios financeiros para corresponder aos objetivos, mas precisamos ter a ideia de coesão transversal a todas as políticas da União Europeia”, defendeu Vasco Cordeiro.
O primeiro Vice-Presidente do Comité das Regiões da União Europeia alertou para a necessidade de se ter atenção com o que o atual momento vai exigir, ao nível da capacidade de executar verbas do PRR e do atual Quadro Financeiro, “sobretudo nas regiões em que, neste momento, a sua atenção está dirigida para ajudar à sobrevivência daqueles que fogem da guerra”.
Para Vasco Cordeiro, “precisamos de estar preparados para acudir, contemplar e compreender que nem todos, neste momento, estão em condições, por toda a Europa, de poder dar a melhor resposta possível à execução dessas verbas”.
Conforme referiu durante a sua intervenção, “nós só sairemos fortalecidos deste debate se tivermos a consciência de que há valores mais altos que se levantam neste momento”.
“Estes valores precisam ser incorporados nas nossas preocupações, no nosso processo de decisão e nas nossas políticas a médio e a longo prazo, porque só assim é que faremos que seja coerente as nossas proclamações de solidariedade com a Ucrânia. E o tempo está a chegar, o tempo é de ação”, finalizou Vasco Cordeiro.