O deputado do PS/Açores, João Vasco Costa, defendeu, esta sexta-feira, a necessidade do Governo Regional “atender à coesão territorial também entre ilhas”, e “não apenas quando se destina a pedir auxílio, seja à União Europeia seja a Lisboa”.
O parlamentar do PS eleito por Santa Maria intervinha durante a sessão plenária, na Horta, no âmbito de um projeto de resolução aprovado por unanimidade, que visa recomendar ao Executivo regional que defenda a manutenção das rotas do Faial, Pico e Santa Maria para o continente.
Para João Vasco Costa, a “coesão entre ilhas deveria ser uma premissa do Executivo açoriano”, tendo considerado que o Governo Regional “não podia ter feito aquilo que fez, quando acabou com o transporte marítimo de passageiros e de mercadorias, dando assim um primeiro soco no estômago nas ilhas de coesão, como é o caso de Santa Maria”.
O parlamentar socialista criticou também o Governo dos Açores por ter acabado com os encaminhamentos aéreos gratuitos interilhas, algo que classificou como “um segundo soco no estômago para estas ilhas”.
Defendendo a necessidade de que este Governo perceba a importância da coesão territorial entre as ilhas do arquipélago, João Vasco Costa alertou para as “consecutivas chamadas de atenção que já foram feitas a propósito dos problemas das ligações marítimas a Santa Maria”, realçando que este Governo “nada fez”.
João Vasco Costa congratulou-se com a afirmação do secretário regional dos transportes, que afirmou, durante este plenário de março, que o Governo Regional “já intercedeu junto do Governo da República sobre a manutenção das rotas do Faial, Pico e Santa Maria para o continente”, mas lamentou que o Executivo de José Manuel Bolieiro “não veja nem compreenda aquilo que deve ser a coesão territorial entre ilhas”.
Para João Vasco Costa, o exemplo do que esta sexta-feira se passou na ilha de Santa Maria, “em que estava programado um barco para sair amanhã, mas que já não vai acontecer, porque teve de ser desviado para a Terceira, é a prova da forma como este Governo Regional não promove, nem se preocupa, com a coesão territorial entre as ilhas dos Açores, porque se assim fosse, não permitiria situações destas, que geram prejuízos e inconvenientes aos empresários de todas as ilhas”.