Os Vereadores do Partido Socialista defenderam, esta quarta-feira, a necessidade de a autarquia aproveitar urgentemente as verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), destinadas à melhoria da oferta de habitação, para recuperar e reconverter o edificado degradado existente na cidade de Ponta Delgada.
Com o propósito de aumentar as condições do parque habitacional da Região, os socialistas recordam estar inscrita, neste programa, uma verba de 60 milhões de euros, alocada à habitação nos Açores, apelando, por isso, a que a Câmara Municipal de Ponta Delgada canalize a parcela que lhe cabe para a recuperação urbana da cidade, “nem que para isso tenha de estabelecer uma parceria ímpar e privilegiada com o Governo Regional dos Açores para esse efeito”.
A este propósito, André Viveiros destacou, durante a reunião camarária, que não se pode deixar de encetar todos os esforços para recorrer a este instrumento e financiar a recuperação dos edifícios degradados que proliferam pelas ruas da cidade, sob pena de se perder uma excelente oportunidade de o fazer.
Segundo o Vereador socialista, esta medida impõe-se “tendo em conta o atual ordenamento urbano da cidade e a distribuição de atividades comerciais e de serviços por toda a malha urbana que precisa de ser intervencionada”, mas, também, “pelas necessidades que a candidatura de Ponta Delgada a Capital Europeia da Cultura, não só veio acentuar, como, também, no caso de vir a ser a cidade vencedora, vai mostrar imprescindível manter os edifícios recuperados”.
Neste contexto, os Vereadores do PS entendem ser o momento de a Câmara Municipal de Ponta Delgada garantir, junto do Governo dos Açores, em parceria, “medidas excecionais para assegurar as verbas alocadas no PRR para esta operação, bem como no Programa de apoio de fundos comunitários PO Açores 2030”.
“Ponta Delgada é a maior cidade sede de concelho dos Açores, em parque edificado, população, empresas e serviços instalados, que com a recuperação da atividade turística e a possibilidade de se tornar Capital Europeia da Cultura, em 2027, demanda um tratamento diferenciado consubstanciando em apoios financeiros robustos que reabilitem a cidade, para que venha a ser um orgulho para a Região, promovendo o seu desenvolvimento económico através projeção internacional da cidade e do concelho”, assegurou o socialista.
Na ocasião, André Viveiros sublinhou, ainda, que para tornar Ponta Delgada uma cidade cosmopolita, onde as componentes turística e cultural sobressaem em perfeita harmonia com a fruição da cidade por todos, “é necessário implementar um verdadeiro plano de mobilidade perfeitamente integrado com a reabilitação do edificado, de modo a que as pessoas sintam que é deveras aprazível viver e trabalhar numa cidade moderna, dinâmica e que se assume como um verdadeiro polo propulsor de um concelho coeso”.