Francisco Coelho frisou, esta terça-feira, que celebrar o 25 de Abril é “muito mais do que um ritual ou uma mera efeméride”, porque “aquilo que parecia conquistado e definitivo não é, afinal, definitivo” e “temos de continuar a lutar permanentemente pelos direitos, pelas liberdades e pela paz”.
O deputado socialista falava no plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que decorre esta semana, na Horta, no âmbito de um voto de congratulação ao 25 de abril, apresentado pelo Bloco de Esquerda.
Para Francisco Coelho, o exercício de memória é “fundamental e cada vez mais necessário”, porque “é preciso nunca esquecer aqueles que tiveram nos tempos difíceis a coragem cívica e a generosidade de lutar por um país melhor, mais aberto, democrático, mais fraterno e mais justo”.
No exato dia em que o Partido Socialista faz 49 anos, Francisco Coelho saudou o “grupo de bravos que decidiu transformar a Ação Socialista Portuguesa e fundar o Partido Socialista a 19 de abril de 1973, defendendo o direito dos portugueses exercitarem a liberdade e a democracia”.
O parlamentar do PS frisou que “sem o 25 de abril não estaríamos aqui”, porque também a “Autonomia e a descentralização são fruto do 25 de abril”.
“Ontem, como hoje, porque hoje subsistem aqueles que não gostam das Autonomias, porque consideram que são um desperdício, porque acham que a descentralização não faz sentido, temos de estar atentos, porque os inimigos da democracia são sempre inimigos da Autonomia”, alertou Francisco Coelho.
Destacando a situação mundial e europeia que atravessamos, o deputado socialista lembrou que “foi o 25 de abril que nos permitiu aderir à Comunidade Europeia, hoje União Europeia, que mais do que pactos de estabilidade e exercícios financeiros, foi feita, em nome da paz, para garantir a paz e a democracia”.
“Nem tudo está feito, em democracia e de diversas formas, há que continuar a aprofundar a democracia e a Autonomia, a liberdade, a justiça social e a fraternidade. O Partido Socialista continuará a ser fiel à sua história e à sua herança, porque quer ser sempre digno dela”, finalizou o deputado do PS eleito pela ilha Terceira, Francisco Coelho.