O líder parlamentar do PS/Açores considerou, esta sexta-feira, que o Governo Regional dos Açores foi “mais uma vez trapalhão”, na sua proposta de criação de um Fundo de Emergência Climática.
A proposta do Governo visava incluir a cobertura de danos em viaturas nos apoios às perdas e danos patrimoniais resultantes de fenómenos meteorológicos extremos.
Vasco Cordeiro, que falava na Horta, frisou que “nunca ninguém nos Açores deixou de ser apoiado na reparação das suas casas, em mobiliário, em eletrodomésticos e num conjunto de outras situações”, antes de existir este diploma, condenando que os partidos da coligação procurassem passar essa ideia.
O líder do GPPS frisou que estes apoios sempre foram atribuídos, de forma “clara e transparente”, através de resoluções publicadas em Jornal Oficial ou certificadas por avaliações posteriores do Tribunal de Contas, ao contrário daquilo que alguns partidos procuraram passar, no decorrer do debate.
Vasco Cordeiro reiterou que “este é um Governo trapalhão”, porque “em menos de um mês é um Governo que diz e se desdiz e acha que isso é perfeitamente normal”.
“Este Fundo de Emergência Climática já não é um fundo, é sistema de apoio, mistura coisas que não devem ser misturadas. Na história dos combustíveis era a mesma coisa, havia um acordo com revendedores, depois já não há e consideram que isso é perfeitamente normal, já não é um acordo com os revendedores, é com as petrolíferas”, sublinhou.
Vasco Cordeiro apontou, ainda, outro exemplo destas trapalhadas com o “esclarecimento publicado a propósito do fim do uso de máscaras”, que se limita a aceitar uma lei da República é válida na Região Autónoma dos Açores, frisando que “é um Governo que abdica, pura e simplesmente, da sua capacidade de decidir”.
“O pior que pode acontecer é querer pôr remendo novo em roupa velha: estragam-se as duas coisas e é isso que está a acontecer com este diploma do Fundo de Emergência Climática. Mais uma vez, estamos claramente perante um cheque em branco e a solução apontada pelo Governo é péssima, porque até o próprio Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas diz que o diploma pode ser aprovado hoje e revogado depois. Seria preferível fazer uma coisa com pés e cabeça”, sublinhou o líder parlamentar do PS no Parlamento Açoriano, Vasco Cordeiro.