Os partidos da coligação de direita que suporta o Governo Regional dos Açores rejeitaram, esta sexta-feira, um pedido de urgência e dispensa de exame em comissão, para a votação de um pacote de medidas de apoio às famílias e às empresas Jorgenses proposto pelo PS.
A deputada socialista eleita por São Jorge, Isabel Teixeira, classificou a atitude destes partidos como “lamentável”, considerando que “está visto como é que está a solidariedade para com os Jorgenses” e “de que lado é que está o protagonismo político”.
A urgência foi chumbada pelo PSD, CDS-PP, PPM, IL e o deputado independente, com a abstenção do Chega e os votos favoráveis do PS, do BE e do PAN.
A proposta do PS visa apoiar, a fundo perdido, as despesas de arrendamento das famílias que se deslocaram e que tiveram que arrendar outra casa.
O diploma do PS inclui o apoio a 100% dos custos fixos, como a água e eletricidade, das moradias de habitação que ficaram desabitadas” e a “isenção, para famílias deslocadas, do pagamento de creches, jardins de infância e ATL, compensando as instituições de origem e de destino.
Para as famílias que decidiram permanecer, o Governo deve assumir 50% das despesas com creches, jardins de infância e ATL’s, e Estruturas Residenciais para Idosos, com a devida compensação às instituições de origem, defende o PS.
No apoio à atividade económica, a proposta socialista prevê um apoio aos empresários Jorgenses de 100% dos custos fixos com rendas, eletricidade, água, gás e comunicações e o apoio à manutenção dos postos de trabalho, através da compensação de remunerações na mesma proporção da redução da faturação.
A proposta do PS irá agora baixar à comissão, impedindo a implementação imediata das medidas de apoio propostas pelo PS aos empresários e às famílias Jorgenses.