A Comissão Permanente do PS/Açores considera muito infelizes as mais recentes declarações do Presidente do Governo Regional que, a propósito das reivindicações dos empresários jorgenses no contexto da crise sismo-vulcânica que assola aquela ilha, afirmou à comunicação social: “aceito que os representantes dos empresários alertem, não podem é criticar”.
“A democracia exige, também, o respeito pela liberdade de critica e esta liberdade não deve ser colocada em causa nem condicionada, sobretudo, por quem exerce funções governativas e que, por maioria de razão, não só deve estar sujeito ao mais rigoroso escrutínio como, também, deve manifestar disponibilidade para ouvir e dialogar com todos”, considerou André Franqueira Rodrigues, membro da Comissão Permanente do PS/Açores.
As declarações do Presidente do Governo Regional nas quais afirma que os empresários de São Jorge podem alertar, mas “não podem criticar” a ação do Governo “são reveladoras de uma maioria que apregoa o diálogo, mas tolera mal a discordância e convive pior ainda com a crítica”, afirmou o dirigente socialista.
Para a Comissão Permanente do PS/Açores as reivindicações dos empresários de São Jorge fazem todo o sentido, uma vez que a economia da ilha passa por uma situação extraordinária que não será resolvida com meias medidas como aquelas que o Governo propõe. “Há largas semanas que todos sabemos que a economia de São Jorge vive uma dramática retração em consequência da crise sismo-vulcânica. Esta circunstância exige dos poderes públicos soluções concretas que possam, por um lado atenuar os efeitos desta retração e, por outro, permitir que os empresários de São Jorge possam salvaguardar postos de trabalho e preparar com confiança a recuperação que todos desejamos a esperamos possa vir a acontecer o mais brevemente possível”, adiantou. Neste sentido, André Franqueira Rodrigues lembrou, ainda, que o PS/Açores propôs muito recentemente que fosse aprovado com urgência “um abrangente pacote de medidas de apoio às famílias e empresas de São Jorge que tinha exatamente esse objetivo. Infelizmente, a maioria que suporta o Governo na Assembleia Legislativa dos Açores não entendeu que fosse urgente aprovar estas medidas”, concluiu.