A Juventude Socialista dos Açores apresenta a moção “Que Geração Queremos?” ao XVIII Congresso Regional do Partido Socialista, que se realiza este fim-de-semana, na Horta, Ilha do Faial.
Segundo o líder da JS/Açores, Vílson Ponte Gomes, esta proposta “é um contributo político que deve mover o PS a apresentar reformas estruturantes pelas quais a nossa geração tanto anseia”, para salientar que neste contexto, os jovens Açorianos enfrentam a segunda crise das suas vidas, “esperando do PS uma defesa intransigente em diversos domínios da sua emancipação”.
Defendendo a necessidade de um projeto político que seja capaz de traduzir o que tudo isso representa na vida dos Açorianos, o líder da JS/Açores salienta que “a nossa geração está farta de ouvir que é o futuro”.
“Somos o presente, e ser hoje jovem é algo que é exigente, aliás muito exigente”, referiu o líder da juventude partidária, por considerar que “enfrentámos um conjunto de desafios no nosso projeto de vida, desde logo – se conseguimos o primeiro emprego, o primeiro contrato de trabalho estável que seja pago com um salário digno e justo face às nossas habitações e ao esforço de uma vida, que não seja um emprego precário”.
Para Vílson Ponte Gomes, a geração mais jovem depara-se com várias circunstâncias, nomeadamente ao nível da qualificação, do emprego e da habitação.
Relativamente à qualificação, o Presidente da JS/A defende que “quem trabalha não pode ser pobre e merece, por isso, um rendimento digno e justo”, salientando que se aos partidos à direita “não faz confusão que o primeiro salário de um jovem seja muito baixo, a nós faz”.
Já em relação ao emprego, o líder da JS/A defende, tal como assegura o seu líder, que o valor das remunerações dos jovens que têm de realizar estágios profissionais seja mais alto do que a média que se paga, para que “quando saírem do estágio o valor do seu rendimento seja mais alto; para que não sejam precários e as empresas os utilizem como mão-de-obra barata”.
A finalizar, e ao nível da habitação, Vílson Ponte Gomes refere que se já antes do atual contexto de crise alguns jovens já ficavam excluídos do mercado de compra e venda de casas, e sujeitos a um mercado de arrendamento selvagem, hoje estes fenómenos agravaram-se.
“Somos a geração mais bem preparada e qualificada de sempre, mas somos uma geração vítima de contradições”, referiu o líder da JS/A, para salientar que no entender da Juventude Socialista “a dimensão e gravidade da situação exige fazer diferente do que se fez na anterior crise que levou a que uma geração visse os seus sonhos adiados”.