O deputado açoriano participou esta segunda e terça feira nos debates da reunião da Comissão de Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu onde, entre outros temas, estiveram a debate a visão a longo prazo para as zonas rurais e a futura Estratégia Europeia para a Resiliência Hídrica da UE

André Franqueira Rodrigues, destacou os desafios enfrentados pelas áreas rurais, salientando “o abandono, o envelhecimento, o despovoamento, o impacto mais severo das alterações climáticas, a perda de serviços públicos e de acessibilidades”, como alguns dos mais relevantes, “quer se trate da ilha Graciosa ou qualquer região rural de Itália, Grécia ou Suécia”.

Na reunião, a Comissão Europeia apresentou um relatório, de 2023, sobre a execução da Visão a longo prazo para as zonas rurais da UE. Franqueira Rodrigues enfatizou que, de acordo com o mesmo, os cidadãos das áreas rurais tendem a confiar mais nas autoridades locais e afirmou ser “fundamental assegurar a aplicação dos princípios de parceria e subsidiariedade no próximo quadro de programação das políticas europeias”.

O debate também serviu como uma oportunidade para o deputado europeu insistir junto da Comissão para que “melhore a monitorização da contribuição dos diferentes instrumentos e politicas da UE para as zonas rurais, de forma a apoiar a manutenção de uma dimensão rural forte no próximo quadro financeiro plurianual”.

Durante o debate sobre o relatório do Parlamento sobre a futura Estratégia Europeia para a resiliência hídrica da União Europeia, o deputado açoriano relembrou que “a disponibilidade de água para a agricultura é um assunto de importância estratégica para a coesão social e económica de muitas regiões da UE e para a vitalidade das suas zonas rurais” devendo por isso, ser “um dos elementos centrais da futura estratégia europeia para resiliência hídrica”.

Ainda neste âmbito, André Franqueira Rodrigues alertou para o “caminho a fazer na otimização do uso da água, nomeadamente na captação, no aumento da capacidade de armazenamento, na modernização das infraestruturas e dos sistemas de regadio, na implementação de novas tecnologias de monitorização dos consumos, e de programas de gestão e controlo de rega”. O deputado salientou, contudo, que “uma estratégia que responda a todos estes desafios, necessita de recursos financeiros para investimento e para formação, sem os quais a implementação dessa estratégia fica comprometida, com tudo o que isso implica na gestão de um bem público essencial para todos”.

A Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento voltará a reunir nos próximos dias 19 e 20 de março.