A passada semana foi fértil em acontecimentos protagonizados por alguns ditos políticos que se evidenciaram na produção da calúnia, da intriga e do ataque pessoal, pretendendo fazer crer à população que actos totalmente legais teriam sido objectos ao serviço de interesses meramente pessoais.
Como por várias vezes tenho escrito e dito, o facto de um determinado indivíduo ser familiar, amigo ou conhecido de um decisor não pode, de modo algum, ser motivo para que o mesmo possa ser injustamente beneficiado ou favorecido. Por outro lado, ser parente, aliado ou relacionado com um detentor de poder, não poderá constituir impedimento para o usufruto dos direitos e benefícios que legalmente lhe assistem.
Todos os cidadãos têm de ter ao seu alcance iguais oportunidades, independentemente de filiações genéticas, sociais ou partidárias.
Faria algum sentido que, por exemplo, uma jovem açoriana fosse impedida de poder estagiar na Europa com uma bolsa do programa Eurodisseia, apenas pelo facto de o pai ser deputado à Assembleia Legislativa Regional? Seria aceitável que um candidato a uma bolsa para frequentar um curso fora da Região, apesar de reunir todas as condições legais para o efeito, fosse excluído, tendo por base as funções exercidas pela mãe?
Quanto a nós, a assim acontecer, tratar-se-ia de uma inaceitável discriminação a que nenhum cidadão poderá estar sujeito.
Contudo, não deixa de ser interessante constatar que na hora do ataque feroz, alguns pseudo moralistas, mais ou menos políticos, até se esqueçam de olhar para o interior da família a que pertencem e, nem consigam ao menos interiorizar o sábio adágio popular que dita: “quem tem telhados de vidro, não pode lançar pedradas”!
Mas, como disse Carlos César no passado domingo na cerimónia de entrega moradias em Rabo de Peixe: “A verdadeira política é aquela que beneficia as pessoas. Os bons políticos são aqueles que conseguem com a suas políticas, trazer-nos momentos como este, momentos em que entregamos a cem famílias, o início de uma nova vida, uma nova casa, uma nova esperança, um sentido de renascer. Por isso, viva a política, a política que nos traz a todos mais felicidade e mais oportunidades”,
Ainda de acordo com o pensamento do Presidente do governo dos Açores, os bons políticos não são os que mais facilmente fazem intrigas, nem são os que lançam, com maior habilidade, calúnias. “Os bons políticos, os que servem a boa política, são aqueles que conseguem, com a sua boa gestão, ter momentos como estes, beneficiando as famílias, beneficiando as pessoas e lutando para que vilas como Rabo de Peixe sejam cada vez melhores e que a sua população viva cada vez melhor.”
Como nota altamente positiva desta semana, não poderemos deixar de evidenciar o esforço conjunto do Governo e da Câmara Municipal da Ribeira Grande no sentido de disponibilizar uma habitação condigna a uma centena de famílias. Resta desmistificar a ideia de que o governo dá casas. Que fique bem claro, que o governo põe à disposição das famílias habitações sob o regime de arrendamento, ou seja, todas as pessoas realojadas pagam uma renda social, compatível com os rendimentos familiares.
Assim se faz boa política social. Assim se faz justiça. Assim se desenvolve uma região e se contribui para a felicidade dos cidadãos.