Ainda não estava esquecida a deliciosa nota de imprensa do grupo municipal de Angra do Heroísmo da Coligação PSD/CDS/PPM em que criticava a Câmara pela perda do galardão "Município Amigo do Desporto", quando o Município o ia receber em 2024, não pela primeira vez, mas pelo nono ano consecutivo, assim como, o facto de após o desmentido a oposição municipal não ter tido a hombridade de, pelos mesmos meios, reconhecer que faltou à verdade congratulando-se com a conquista do galardão, e já o Grupo Municipal do PSD/CDS/PPM, pela voz da mesmíssima deputada municipal, emitia mais uma memorável nota de imprensa, desta feita, para estranhar a "ausência do município no processo de candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade".
Desta vez, nem a Câmara, nem a Concelhia do PS, vieram a terreiro desmentir a deputada municipal que, como no poema de António Gedeão, "(...) sobe, / sobe a calçada, / sobe e não pode / que vai cansada", provavelmente, por considerarem que há esforços que são inglórios perante atos que apenas refletem a irresponsabilidade de quem coloca em segundo plano a defesa dos interesses do Município em nome da afirmação pessoal, no entanto, basta googlar para perceber que a candidatura da "Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa" foi submetida pela Associação da Calçada Portuguesa, criada em 2017, que é participada pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa da qual, não fiquem perplexos, que não vale a pena, Angra do Heroísmo é membro efetivo desde 2013, sendo falso que o município esteja ausente da candidatura.
Pela segunda vez, o que já revela um padrão, o grupo municipal do PSD/CDS/PPM com a ânsia de cacetar, qual calceteiro, com força na pedra acaba a martelar o próprio dedo.
Por isso, no que toca a candidaturas, prémios e galardões, sempre que houver vontade de ca(l)cetar o executivo de Álamo de Meneses, o melhor é refletir cantando os primeiros versos de Dancemos no Mundo de Sérgio Godinho, pois, na maioria das vezes, "isto é como tudo / não há-de ser nada".