Na passada semana, ficámos a conhecer os números do turismo nos Açores, em 2013. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e o Serviço Regional de Estatística as dormidas de turistas estrangeiros cresceram 24,6% e os proveitos totais atingiram os 44,7 milhões de euros. Os Açores conseguiram em 2013 uma recuperação de 10,4% no número de dormidas face ao ano anterior, que tinha registado uma quebra de 7,5%.
As dormidas de portugueses corresponderam a 35,5% do total (cerca de 374,6 mil), ao passo que as dormidas de estrangeiros representaram 64,5% do total (cerca de 679,5 mil), neste caso traduzindo uma subida de 24,6% face a 2012.
A quebra expectável no mercado nacional foi compensada com um crescimento muito significativo no mercado estrangeiro.
Tratam-se, assim, de números positivos e animadores. Apesar dos constrangimentos económicos e sociais que se vivem na Europa e no País, o esforço desenvolvido ao longo dos últimos anos na promoção externa da Região e na captação de novos mercados começa a dar frutos.
Esse mérito é, com certeza, das instituições públicas que materializaram uma estratégia de promoção e de fomento no turismo, mas também dos operadores privados, dos hoteleiros e das empresas regionais que trabalham no sector.
Estes números realçam, também, uma matéria que nos parece de grande importância para o futuro, ou seja, a internacionalização do destino. É certo que o mercado nacional tem sempre uma importância relevante, mas é através da internacionalização da nossa oferta turística, com novos mercados com mais capacidade financeira e com uma orientação para nichos específicos, que podemos alcançar novos patamares. Além disso, não temos dúvidas que uma internacionalização do destino bem desenvolvida, pode trazer dividendos ao nível da captação de investimento externo e da diplomacia económica, que não estão circunscritos ao sector turístico.
Encaramos estes indicadores com responsabilidade, serenidade e sem grandes triunfalismos.
Certamente que há ainda muito para fazer, os desafios são enormes, o combate à sazonalidade é prioritário e o esforço das políticas públicas de fomento e dos agentes do sector deve continuar.
São estratégias que levam tempo a desenvolver e mais tempo a conseguir resultados.
Mas estes números mostram, de forma indiscutível, que o caminho dos últimos anos na promoção e afirmação da marca Açores enquanto destino turístico está correcto.