O tempo de antena onde eram descritas as incongruências de Passos Coelho foi o programa mais visto do Canal 1 da RTP na passada terça-feira, com cerca de um milhão de telespetadores.
Pudera… Com tamanha discrepância entre o apregoado em tempo de campanha e a obra feita (ou desfeita, neste caso) depois de estar em funções, quem não quererá confirmar, mais uma vez, a postura obscura deste político?
Coincidindo com o conhecido dia das mentiras esta terá sido a melhor forma de mostrar a todos os Portugueses o estilo truculento com que o primeiro-ministro de Portugal trata a verdade e a coerência, esta última muito propalada quando tenta definir o seu trajeto.
Estou em crer que este estadista vai fazer escola nos meandros da política nacional, pelos piores motivos, no meu entendimento.
Os seus admiradores Açorianos, na oposição, conseguem construir, por cá, uma imagem de que o que se passa lá fora nada tem a ver com eles.
É um discurso estafado, é certo, mas com um conteúdo enganador quanto baste que poderá surpreender os menos avisados para estas coisas.
Veja-se a postura que o PSD assume nos Açores ao impor atirar mais dinheiros públicos para serviços e responsabilidades do estado, enquanto manda os seus deputados na Assembleia da República votar a favor dos cortes para a RTP-Açores, a Universidade dos Açores, redução dos apoios sociais e na saúde, encerramento de finanças e tribunais, diminuição dos salários dos funcionários públicos e pensionistas.
É caso para dizer que é uma sorte não ter gente desta, de cá e de lá, a governar os Açores.