Para ilustrar a boa relação entre o projeto socialista para os Açores e os governos PS na República bastaria elencar diversas medidas estruturantes que, desde 1995, representam diversas conquistas autonómicas:
a) duas Leis de Finanças das Regiões Autónomas que deram previsibilidade e estabilidade socioeconómica; b) assunção das dívidas do Serviço Regional de Saúde de cada Região Autónoma; c) uma primeira baixa significativa das tarifas aéreas Açores/Continente, em cerca de 27%; antes disso, com Berta Cabral diretora dos transportes, presidente da Sata e Secretária das Finanças, a tarifa aérea Lisboa/ Ponta Delgada custava 331 €, apesar do Brent estar a 20 dólares; d) uma baixa do tarifário elétrico em cerca de 25%, e) uma primeira vitória nas negociações do III Quadro Comunitário de Apoio, com um acréscimo substancial de fundos comunitários (mais de 30% de base anual); f) a despenalização dos agricultores açorianos que excederam as suas quotas de produção de leite; g) a Região ficou fora do embargo da União Europeia feito a Portugal a propósito da BSE; h) uma forte solidariedade nacional aquando da ocorrência das diversas catástrofes que assolaram Região; i) decisão e projeto da ligação por cabo de fibra ótica às Flores e Corvo; j) chegada do canal 1 aos Açores; l) tarifas telefónicas inter-ilhas que passaram a preços de chamadas locais (antes nacionais); m) a difusão por toda a Região dos canais generalistas, n) o financiamento das Portas do Mar e na reparação dos estragos das calamidades em 1997-99, o) duas revisões Estatutárias) grande apoio no investimento na sociedade de informação, q) transferência de atribuições do Instituto Geográfico Português para a Região Autónoma dos Açores.
Reiterando a má tradição com governos da república do PSD, um dos péssimos exemplos, foi na reconstrução do Faial, em que os Açores foram impedidos pelo PSD de realizar qualquer empréstimo, malgrado o valor insignificante (0,04%) para o défice do país. A história repetiu-se, há pouco tempo, com os estragos na Terceira em que Passos se escusou a qualquer apoio. Agora, com deputados do PSD/Açores sujeitos a total disciplina de voto, os açorianos não podem mesmo confiar neles.
Após 1996, não restam dúvidas que só os Governos da República do PS sempre apoiaram os Açores, política e financeiramente, merecendo a confiança dos açorianos no atual projeto socialista.