Segunda-feira, a Terceira acordou com energia renovada, não apenas pelas conquistas de parte a parte, onde se percebe que o povo entregou, mais uma vez e de forma inequívoca, um voto de confiança e de esperança ao Partido Socialista, mas porque dá sempre gosto ver os terceirenses manifestarem a vontade de querer trabalhar em prol do outro e em prol das suas terras.Foi muito importante constatar a vontade de todos os partidos de integrarem os jovens nos desígnios da sua terra, expulsando a ideia de passividade nas gerações mais novas. Foi igualmente interessante verificar que, na constituição das suas listas,cada candidato teve a preocupação de integrar pessoas com provas dadas na comunidade, com presença efetiva nas forças vivas da freguesia ou município, dando voz ao povo, já que se querem políticos e politicas de proximidade e que não se fique pelo papel ou pelos cargos, mas sim pelo trabalho e pela obra que deve servir o cidadão.Aceitar participar num projeto político é, acima de tudo, ter disponibilidade para servir, para entregar o seu tempo e o seu potencial, em prol do desenvolvimento local, da melhoria de vida das nossas gentes... e que isso,nos próximos quatro anos, seja a nota alta, o timbre e o compasso de todos.
De resto, não poderia deixar de congratular o esforço conjunto na transmissão da mensagem,a uma só voz, da necessidade de potenciar em cada um de nós, através do simples ato de votar, uma consciência ativa e uma corresponsabilidade no nosso presente e no nosso futuro. Votar é credenciar aqueles que desejamos ver a defender os nossos interesses, a dar voz aos nossos anseios e vontades legitimadas.É este o rumo e terá de ser, necessariamente, este o caminho. Escudarmo-nos no argumento de descrença face à classe política é desonrar a luta e as conquistas da nossa democracia, mas acima de tudo, e o que mais me preocupa, é alimentar o julgamento fácil e infundado, sustentado em tudo menos factos e sem contraditório possível, levando assim a um marasmo de ofensas e acusações que só descredibilizam e afastam as pessoas, as nossas ilhas, a nossa Região.
Por fim, não poderia deixar de demonstrar agrado pela forma como todos os intervenientes souberam apresentar os seus projetos e as suas posições de forma clara, aberta e democrática, despojados de estratégias ou posturas menos dignificantes para todos nós. Todavia alerto parao facto do trabalho de proximidade e de diálogo constante não terminar no dia das eleições. Sendo assim, devemosfomentar uma mudança de paradigma, procurando inovar e criar novas formas de sentir o povo e a sua voz, gerando momentos de maior partilha reflexão e auscultação das necessidades e das medidas a adotar no presente de cada um e no futuro de todos. De resto, apelo a quem vai gerir que o faça com rigor, transparência, dinamismo, vontade de cumprir e muita responsabilidade, e a quem vai fazer oposição, que o faça de forma assertiva, com valor e sentido de missão, com objetivos de complementaridade e de construção de um projeto comum.
Assim, atodos os que receberam a honra de nos representar, numa posição ou outra, desejo um bom trabalho e que o mesmo seja fortuito, eficaz e que, acima de tudo, seja o reflexo de uma entrega total à sua freguesia, câmara ou ilha.
A todos, um bem-haja.
Deputada PS, ALRAA