Opinião

Rankings?

A Unesco e a Agenda Europeia 2030 convergem no “Assegurar uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”. Objetivo contrário às excrescências neoliberais ou rankings, que foram criados por Thatcher para justificar ataques aos setores sociais. Em 2000, Portugal, repristinou o “exportar cortiça e importar rolhas”! Injustos ao cavarem desigualdades e pobres ao permitirem instrumentalizações partidárias, os rankings vivem do convívio coato entre o mundo da informação/conhecimento e a sociedade espetáculo patrocinadora da patranha. Abstratos, simplistas, portáteis, antiquados e sem contextualização, derivam de fracas metodologias e parâmetros quantitativos, como a pueril média estatística. Numa obra notável (Good Education in a Age of Measurement – Ethics, Politics, Democracy), Gert questionou: “medem o que valorizam, ou valorizam o que medem?”. A Escola de Rabo de Peixe foi um bom exemplo de valorização, desmistificadora do logro da medição. Avaliação não é “rankinzação”. É tempo de flexibilizar os curricula, valorizar a compreensão (verstehen) e as correções anuais, em cada escola e nas turmas com dificuldades!