Vem esta frase a propósito das declarações do PSD sobre um seu diploma, dizendo que o PS pretende “lançar alguma poeira sobre essa questão, passando mensagem de que os professores querem ganhar mais”.
Nada mais falso. Foram sim, pedidos esclarecimentos sobre a proposta apresentada e sobre os quais prevaleceu o silêncio. O embaraço sentido, não se pode refugiar na mentira.
Sobre os vencimentos dos professores, que não haja qualquer dúvida, até mesmo perante o embuste mediático do relatório da OCDE, os seus vencimentos estão em linha com a média dos salários reais dos professores da OCDE. Embuste apenas, porque a realidade dos salários estava nas páginas seguintes, bastaria outras leituras das diferentes tabelas. Uma mensagem fabricada.
Um professor em início de carreira aufere anualmente 21.260,82, distanciado dos 28.349€ referenciados pela OCDE como “valores estatutários”, onde estes representam o custo salarial total de um professor à entidade empregadora - esta realidade pode evidenciar o peso dos impostos, mas não a riqueza dos professores. Nas páginas seguintes do estudo da OCDE estão outras tabelas, entre elas a tabela do salário real cuja referência para este exemplo já é de 19.127,64 €. Quem beneficiou com a opção dos valores estatutários em vez do salário real? Os prejudicados estão à vista.
Uma mentira dita várias vezes não se torna verdade. A ausência de explicação não pode ser abafada com mentiras.