Opinião

Atos e Palavras

Não cabem aqui teorias filosóficas da linguagem: códigos restritos/elaborados, ou, dos atos de fala (ilocucionários, locucionários e perlocucionários) de Austin e Searle, fundados na pragmática de Wittgenstein. Contudo, também em política, os atos perlocucionários traduzem a intenção de provocar sentimentos e pensamentos. A linguagem política é conotativa. Revela conteúdo e credibilidade do emissor, ou não. A oposição troca o projeto pelo caso inventado/empolado, delicia-se na intriga douta, com nºs ou sem eles, resvala no exemplo com a contradição, e, mostra voluntarismo no “derrubar” sem a visão de construir. É muito pouco para as três próximas “provas eleitorais”. Hoje, os Açores avançam com realismo e resultados: investimento privado, turismo, emprego e outras áreas sociais. Há noção dos problemas/exigências atuais e da urgência de soluções. Com Foucault, as palavras receberam a missão e a tarefa de representar o pensamento. Na sua ausência, em Democracia, as “tristezas perigosas” acabam por soçobrar pelos seus atos e palavras