O país conhecerá proximamente os resultados de duas eleições: as legislativas regionais da Madeira e as legislativas nacionais, cuja composição determinará o próximo Governo da República.
Na Madeira, e a fazer fé nas sondagens, o ambiente político está em ponto de rebuçado, prevendo-se uma grande aproximação de votos entre o PSD e o PS, que apresenta como candidato a Presidente do Governo o independente Paulo Cafofo. O imobilismo e o esgotamento do PSD local, que levou o Representante da República, em entrevista recente, a apelar para a revisão do EPARAM, cuja adequação à revisão constitucional de 2004 ainda não foi feita – é um fato significativo e indesmentível!
Por outro lado, é inegável o balanço positivo que em termos de política económica e social a generalidade dos portugueses faz do Governo de António Costa, que devolveu rendimentos, mas sobretudo esperança aos cidadãos. Ao invés, e como constatou a voz autorizada do Presidente Marcelo, a direita, depois da sua assumida deriva austeritária, perdeu legitimidade, rumo e unidade e mostra-se incapaz de se apresentar como alternativa credível, quer em termos de projeto quer em termos de protagonistas.
Os açorianos, para além de terem beneficiado dum conjunto de políticas de devolução de rendimentos e do reforço de velhos e novos apoios sociais, constataram um relacionamento institucional cooperante entre a República e a Região, tendo um conjunto de medidas da responsabilidade de Lisboa para com os Açores sido tomadas, resolvidas ou conhecido o seu início efetivo, quando muitas delas já se arrastavam há anos.
Há pois bons motivos para prosseguir neste rumo, sem prejuízo do seu acompanhamento sempre, e do reforço da sua intensidade, quando for o caso.