Numa circunstância em que a realidade parece superar o argumento de um filme de ficção científica, escrever sobre o Coronavírus torna-se uma questão incontornável.
Vivemos um momento histórico. Esta pandemia representa um enorme desafio para todos. Cada um de nós tem de agir de uma forma serena, responsável e solidária.
A profunda interdependência do sistema económico que designamos por Globalização, onde a circulação de pessoas, bens, capitais e até de ideias é central à sua sustentação, torna inevitável o contágio à escala global.
Em muitos países verificou-se um claro desnorte na abordagem e na gestão desta crise. Na China, onde o vírus surgiu, começou-se por negar o problema. Só depois da casa assaltada é que se colocaram trancas à porta, ao que parece de uma forma exemplar.
Felizmente para nós, constatamos que quer a nível nacional, quer a nível regional, contamos com líderes de governo responsáveis, serenos e corajosos. Ao contrário do Presidente da República, António Costa e Vasco Cordeiro revelaram atributos essenciais para enfrentar esta crise: espírito de liderança e capacidade de decisão.
Quer António Costa, quer Vasco Cordeiro, têm pautado a sua atuação de forma irrepreensível. As suas decisões corajosas e determinadas estão a ser suportadas em critérios técnicos emanados das autoridades de saúde, visando a salvaguarda da saúde pública.
Até agora estamos a viver uma fase em que as decisões tomadas pelos políticos estão a ser recebidas com unanimidade. Seguir-se-ão outras fases. Chegaremos a um momento em que os custos das decisões tomadas serão percecionados como superiores aos danos que evitam.
Nesse dia, quem governa terá de reforçar a pedagogia e manter a coragem de decidir o que tem de ser decidido para o bem de todos. É esse o peso do poder em momentos verdadeiramente históricos. É esse o preço da liderança em circunstâncias dramáticas.