Os recentes sinais indicam que a União Europeia percebeu o risco que corria. Ou se unia ou se desintegraria.
Na passada sexta-feira, o Grupo Parlamentar do PS/Açores, realizou jornadas transmitidas pela rede social que contaram com a comunicação de deputados europeus e de Vasco Cordeiro, que entende que a União Europeia" não deve apenas agir, mas sim liderar".
É sabido que para promover a retoma económica será criado um novo fundo para a recuperação económica e uma revisão do próximo quadro financeiro plurianual para 2021-27. Está por se saber quais os métodos, os instrumentos e as fórmulas mais adequadas para financiar o pacote de recuperação económica. Entre Subvenções e/ou empréstimos, só lá para 6 de maio se saberá.
A flexibilização do quadro de investimento atual não é uma mais-valia para os Açores, porque, como bons alunos, temos taxas elevadas de concretização. Nestas jornadas socialistas a celeridade na implementação do próximo quadro comunitário foi confirmada como um objetivo no início de 2021, contrariando todo o seu histórico nesta matéria.
Começamos a estar na presença de uma União solidária que se concretiza nas decisões políticas acompanhadas de envelope financeiro para:1) tornar a UE mais resiliente; 2) repor o mercado interno e 3) recuperar a economia. O BCE deve manter-se atento e disponível para responder às dividas dos Estados.
Açores: roteiro e agenda para o retorno económico e social
"(...) todos devem ser chamados à reflexão e à participação na recuperação(...)". Esta frase espelha a liderança, em união com os Açorianos, do Presidente do Governo Vasco Cordeiro, que a história recordará como um dos Presidentes que passou por um dos mais difíceis momentos da nossa Autonomia.
Primeiro o roteiro, depois uma agenda, que convidam à participação da sociedade. Mais do que documentos são uma forma de governação que é transparente, participativa e, até ao momento conhecido, pioneira naquela que é a transposição do roteiro comum da União Europeia. São cinco os passos para o roteiro Açoriano para uma saída segura da COVID-19: 1) Saúde Pública dos Açorianos como prioridade absoluta; 2) Diferenciação; 3) Gradualidade; 4) Prevenção e 5) Monitorização, que terá um combate diário para com os dados que muito dependem do nosso comportamento, sendo certo que iremos conviver "lado a lado" com o vírus SARS-COV-2 até a existência de vacina ou tratamento.
Os ensinamentos desta crise impõem-nos acrescidos desafios para o retorno económico-social com um crescimento sustentável, com reforço substancial na economia verde e azul, com valorização da produção local, fortalecimento do tecido empresarial e das relações laborais, em paralelo com uma transição digital. Esses desafios, mais do que nunca, devem alinhar-se nos limites do planeta. O planeta que saiu do confinamento com o nosso confinamento.