As eleições regionais de 2016 foram disputadas, por parte das oposições, sob o mote de retirar a maioria absoluta ao PS no parlamento regional.
Do que é possível antecipar, nas eleições regionais de outubro próximo, voltaremos à mesma circunstância. Toda a oposição vai acenar com o mesmo papão de há quatro anos, o perigo do poder absoluto do PS.
A realidade desmente esses equívocos receios.
O PS tem governado os Açores com maiorias absolutas reconfirmadas livremente pelos açorianos a cada quatro anos. O exercício de poder pelo PS tem sido pautado, em regra, por competência, moderação e diálogo.
Se há um facto político indesmentível, no quadro da luta contra a Covid-19, é a segurança e a estabilidade que a maioria parlamentar do PS confere.
Não faltam provas concretas desse facto.
Ainda na passada semana, a Assembleia Legislativa Regional da Região reuniu, pela primeira vez na sua história, o seu plenário por videoconferência.
Em agenda estiveram vinte e cinco propostas. Uma do Governo, três do PS, seis do PSD, nove do CDS, quatro do Bloco de Esquerda, uma do PCP e uma da deputada independente. A maioria do PS aprovou quinze das vinte e cinco propostas, entre as quais onze provenientes da oposição.
Para aqueles que se preocupavam com os anos de governação do PS nos Açores, fica agora absolutamente claro que o que verdadeiramente importa, e o que esta crise comprova, é que não é o tempo de incumbência que releva. O que realmente interessa é o alcance da visão do PS, a força da sua determinação e o resultado das suas soluções.
A vantagem da estabilidade política em alturas de crise é crucial, mesmo quando a oposição se revela taticamente moderada. Esse quadro é apenas um resultado das circunstâncias.
A realidade confirma que a maioria parlamentar do PS é reformista, dialogante e positiva. O resto é conversa.